Em reportagem publicada nesta domingo (30) sobre o processo de transição das gestões municipais em algumas capitais brasileiras, o Jornal O Estado de S. Paulo destaca as "medidas polêmicas tomadas por prefeitos em fim de mandato cujo grupo político foi derrotado nas eleições de outubro".

E o prefeito de Maceió Cícero Almeida (PSD) é um dos citados pela reportagem, assinada pelos jornalistas do Estadão Fábio Fabrini e Alana Rizzo.

De acordo com a reportagem do Estadão "na capital alagoana, o prefeito Cícero Almeida (PSD), que também não fez o sucessor, publicou na sexta-feira a exoneração de todos os 1,1 mil servidores com cargos comissionados, a título de fechar as contas e deixar o sucessor 'à vontade' para fazer suas nomeações em janeiro de 2013."

"Dezenove dias após a eleição de Rui Palmeira (PSDB), a prefeitura também homologou licitação para entregar a gestão de 10 mil vagas de estacionamento rotativo a um consórcio privado por dez anos. Mas o processo foi suspenso após o Ministério Público agir. 'Como, às vésperas do fim de mandato, toma-se uma medida dessas, de lotear a cidade para empresas explorarem até 2023?', afirma o promotor Marcos Rômulo" à equipe do Estado de S. Paulo

Em resposta ao Estadão, "a prefeitura de Maceió assegurou que não haverá descontinuidade administrativa com a exoneração de 1,1 mil servidores comissionados, pois 80% deles são efetivos e, embora dispensados das funções de confiança, continuarão exercendo seus cargos".

"Segundo a assessoria do prefeito Cícero Almeida (PSD), tão logo haja a cerimônia de posse, o prefeito eleito Rui Palmeira (PSDB) poderá renomear os funcionários conforme suas prioridades. A decisão sobre o sistema de estacionamento rotativo, acrescentou, ficará para o próximo gestor" desceveu o jornal.