A criação de empregos formais chegou a 1,77 milhão de vagas no acumulado do ano até novembro, de acordo com dados divulgados na quarta-feira pelo Ministério do Trabalho, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Esse é o pior resultado no acumulado do ano desde 2009, quando foram criados 1,68 milhão de postos. A queda foi de 23% de janeiro a novembro de 2012 em relação ao mesmo período de 2011.
Apesar disso, o saldo de empregos foi positivo no mês de novembro com 46.095 vagas criadas. No mês, foram feitas 1.624.306 admissões e 1.578.211 desligamentos. O resultado líquido veio melhor do que o esperado pelos analistas consultados pela Reuters, cuja mediana previa a abertura de 15 mil novos postos no mês passado e corresponde a um crescimento de 0,12% em relação ao mês anterior. Em outubro, haviam sido criados 66.988 novos empregos, sem ajustes. Em novembro de 2011, foram 42.735, também sem ajustes.
Segundo o Caged, apresentaram desempenho positivo em novembro o comércio, com 109.617 postos (+1,27%), e serviços, com 41.538 postos (+0,26%). Os setores que apresentaram desempenhos negativos foram a construção civil, com baixa de 41.567 postos (-1,34%), a agricultura, com retração de 32.733 postos (-1,98%), devido à presença de fatores sazonais negativos, indústria de transformação, com perda de 26.110 postos (-0,31%), proveniente, em parte, dos ajustes da demanda das festas do fim do ano.
A expansão do emprego ocorreu em três das cinco grandes regiões, sendo a Sul, com 29.562 postos (+0,41%), Sudeste, com 17.946 vagas (+0,08%), e Nordeste, com 17.067 empregos (+0,28%). As exceções ficaram por conta da região Centro-Oeste (-14.820 vagas) e da região Norte (-3.660 postos). Os destaques positivos foram Rio Grande do Sul (+15.759 postos ou +0,61%), Rio de Janeiro (+13.233 postos ou +0,36%), Santa Catarina: (+8.046 postos ou +0,42%), São Paulo (+7.203 postos ou +0,06%), Paraná (+5.757 postos ou +0,22%) e Bahia (+5.695 postos ou +0,34%).