Integrantes do Comitê Local do Projeto de Cooperação Internacional da Cadeia Produtiva da Pesca e Aquicultura do Estado de Alagoas se encontraram, nesta sexta-feira (14), na Secretaria de Estado da Pesca e Aquicultura (Sepaq). O objetivo da reunião foi a divulgação do resultado dos testes de eficiência, cuja finalidade é garantir a qualidade da ostra. Foi discutido ainda medidas para a efetivação do Programa Ostras de Alagoas.

O secretário adjunto da Sepaq, Willams Batista participou da reunião e destacou a importância de Alagoas desenvolver formas viáveis de crescimento econômico."Todo o esforço feito por nós e pelas entidades parceiras é para que as etapas de produção e comercialização sejam apreendidas pelos produtores.”

O Programa é uma iniciativa do governo do Estado de Alagoas, por meio da Sepaq e com apoio de parceiros como o Instituto Ambiental Brasil Sustentável (IABS), Agência Espanhola de Cooperação Internacional (AECID), Agência Brasileira de Cooperação (ABC). Essa iniciativa fortalece a cadeia da pesca artesanal do estado, que conta também com o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE-AL e associações de produtores

A responsável técnica pelos testes, professora da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Ana Cristina Lima Normande, mostrou dados de amostras de ostras antes de serem depuradas, que apresentavam um nível significante de bactérias, e após 48 horas de depuração, a contaminação foi erradicada. “É extremamente importante o processo de depuração. Com ele, ganhamos a confiança do mercado e a certificação da qualidade da ostra é praticamente garantida”, explicou Ana Cristina.

De acordo com o sócio- consultor do IABS, Thiago Trombeta, a ostra vinda da depuradora, contará com um Selo de Inspeção Estadual (SIE), emitido e fiscalizado pela Agência de Defesa de Inspeção Agropecuária de Alagoas (ADEAL), que atestará a qualidade sanitária do produto, tornando-o seguro para o consumo. “O SIE dará a necessária confiabilidade ao produto”, afirma Trombeta.

A secretária da Associação Paraíso das Ostras da Barra de São Miguel e também ostreicultora Maria de Lourdes dos Santos, explica que a única dificuldade encontrada pelos produtores é a comprovação da segurança alimentar do molusco, o que interfere diretamente na comercialização. “A depuradora é a solução para o problema da venda da ostra, assim teremos como atestar a qualidade do nosso produto”, esclarece Maria de Lourdes.