O fato de Alagoas não ter apresentado sequer, um projeto para ser sede da Copa das Confederações em 2013 e Copa do Mundo em 2014, gerou grande polêmica no Estado. Porém, em entrevista ao jornal “Correio Braziliense”, o secretário adjunto de esporte, Jorge VI, afirmou que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), teria cobrado uma propina de R$ 5 milhões para que este projeto fosse feito, numa possível licitação direcionada.
“Existia o direcionamento de que tudo fosse feito por empresas indicadas. Somos um Estado pobre, não podemos nos dar o luxo de pagar R$ 5 milhões por um projeto arquitetônio. Recuamos para não jogarmos dinheiro fora”, disse ao jornal.
Em 2006, o governo do Estado chegou a fazer um pré-projeto para sediar a Copa do Mundo. O estádio inclusive, chegou a ser nomeado como “Arena Zagallo” e seria construído em uma região da Via Expressa, próximo do conjunto Graciliano no Tabuleiro do Martins.
No entanto, o projeto final não foi enviado, ficando o Estado sem chances de sediar jogos da Copa das Confederações e posteriormente da Copa do Mundo. O fato gerou críticas, uma vez que o governo foi atacado por não ter sequer, preparado o projeto arquitetônico, não apenas da praça esportiva, mas também das mudanças que seriam feitas na cidade.
Segundo o secretário Jorge VI, a propina de R$ 5 milhões era cobrada, uma vez que as empresas que fariam os projetos eram previamente escolhidas, numa espécie de licitação de “cartas marcadas”.
A nova denúncia chegou ao conhecimento do ex-jogador e deputado federal Romário (PSB-RJ), que tem buscado assinaturas para que seja criada a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da CBF, para que sejam apuradas estas e outras denúncias, principalmente sob a gestão do ex-presidente Ricardo Teixeira, que ficou por mais de 20 anos no cargo. Atualmente, o mandatário é José Maria Marin.
Na tarde de ontem, em pronunciamento na Câmara Federal, Romário criticou duramente a situação e reforço a necessidade da CPI. “Quem pagou mais levou. Os Estados que mais pagaram ao ex-presidente da CBF, ficaram com a sede”, disse, antes de enfatizar que essa não foi uma medida geral. “Deixo claro que não quero dizer que todas as sedes fizeram isso”, finalizou.
O CadaMinuto buscou contato com o secretário Jorge VI a respeito do assunto, no entanto, seus telefones estavam desligados.