Um típico retrato da periferia e de jovens sem base familiar. Após a tragédia do Conjunto Santa Maria, no bairro do Eustáquio Gomes em Maceió, onde uma irmã matou a outra de forma acidental, a polícia agora investiga a suspeita de envolvimento da autora do disparo e de um irmão em alguns delitos na parte alta da capital, entre eles um recente assalto a um transporte complementar.
Segundo o delegado responsável pelo investigação, Leonardo Assunção, ainda é cedo para fazer qualquer tipo de afirmação, mas os depoimentos contraditórios geram dúvidas quanto o responsável pelo tiro que matou a jovem Juliana de Almeida Santos, de apenas 14 anos.
A principal acusada seria J.A.S, 12 anos, irmã da vítima, que teria se aproveitado do descuido de um irmão de 15 anos, J.C.A.S, que teria chegado de madrugada e deixado o revólver calibre 38, com munições de prata em cima da cama.
A vítima e o irmão, por sinal, estariam envolvidos em outros crimes de pequeno porte, na região do Eustáquio Gomes e parte alta da capital alagoana. Um destes crimes poderia ter sido um assalto a Van nos últimos dias, onde as informações sobre as características passadas pelo proprietário seriam semelhantes aos dois jovens.
No entanto, J.C.A.S, que seria o dono da arma, logo após o crime que vitimou a irmã, sumiu sem deixar pistas, o que só reforça a tese da polícia. Mesmo assim, a equipe responsável pelo caso irá continuar trabalhando em cima do verdadeiro responsável pelo assassinato da jovem Juliana.
Ainda na Central, o chefe de Polícia, Fábio Esperon, questionou o pai sobre a roupa que a jovem que teria atirado estava vestindo no momento do crime, uma vez, que a roupa com que ela esteve na Central, não tinha qualquer mancha de sangue, o que seria impossível, pelo contato que ela teve com a irmã baleada.
Nas próximas horas e no decorrer da semana, o delegado Leonardo Assunção irá notificar novas testemunhas para prestar depoimento sobre o crime que chocou a população do Eustáquio Gomes.