"Se não quer pressão é melhor não jogar na seleção, vão trabalhar no Banco do Brasil, num escritório", disse Luiz Felipe Scolari em sua apresentação como novo técnico da seleção brasileira nesta quinta-feira, referindo-se à importância de vencer a Copa-2014.

A frase não repercutiu bem. Poucos minutos depois, o próprio banco e a associação que representa seus 116 mil funcionários classificaram a declaração como "infeliz" e "preconceituosa".

Horas depois da entrevista coletiva no Rio, ainda na tarde desta quinta, o mesmo Banco do Brasil divulgou nota dizendo que o técnico da seleção entrou em contato com o presidente Aldemir Bendine para pedir desculpas.

No contato, diz a nota, Felipão lembrou que é cliente do Banco do Brasil há mais de 30 anos e afirmou que não teve a intenção de ofender os funcionários da empresa.

"Eu estou lá é para pedir a colaboração do povo brasileiro à seleção e não pretendia ofender o pessoal do Banco do Brasil. Foi apenas uma má colocação", disse. Para Bendine, o episódio está superado.

"Você vai ter aqui uma família de 116 mil pessoas que estará torcendo pelo seu trabalho, que você seja muito feliz nessa nova empreitada e que traga de volta aquela alegria que você nos deu em 2002", respondeu o presidente do banco.