Na madrugada desta quarta-feira (21), o acusado de envolvimento na morte do universitário Fábio Acioli, o servidor público Rafael Cícero de França, 51, morreu vítima de acidente vascular cerebral (AVC).
De acordo com familiares, desde que seu nome foi citado na morte do estudante, Rafael apresentava um quadro de severo de depressão.
O servidor público é apontado como a pessoa que teria atraído Fábio Acioli para um coqueiral, localizado no bairro da Cruz das Almas, onde posteriormente ele foi levado para um canavial no Benedito Bentes, onde foi espancado e queimado vivo.
Caso
Fábio Acioli foi sequestrado em 11 agosto de 2009, quando deixou uma escola de idiomas no bairro da Ponta Verde, em Maceió. Quando passava pelo bairro de Cruz das Almas, local onde residia com a família, o jovem estudante foi abordado por dois homens e colocado na mala do veículo Peugeot prata de placa MUH-6407/AL, que pertencia ao seu pai.
O estudante foi levado para um canavial no bairro Benedito Bentes. Lá, foi torturado e em seguida, queimado vivo. Os sequestradores deixaram o local com o veículo, que foi encontrado queimado, dias após o crime.
Lúcido, o jovem ainda teve forças para se arrastar até a pista principal do bairro e pedir socorro a moradores da região, que acionaram uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Em contato com a família, Fábio Acioli foi encaminhado diretamente ao Hospital Unimed, onde permaneceu internado por vários dias com queimaduras pelo corpo.
Na tentativa de lutar pela sua recuperação, a família conseguiu sua transferência para o Hospital São Marcos, em Recife (PE). No entanto, apesar dos esforços da equipe médica, Fábio Acioli faleceu no dia 26 de agosto, devido uma infecção generalizada.
Desde então, familiares, amigos e a sociedade alagoana cobram da polícia e da justiça um esclarecimento para o assassinato. Apesar da prisão de Carlos Eduardo e Wanderley Nascimento, acredita-se na existência de um autor intelectual, que seria alguém influente na sociedade alagoana.