Uma explosão em um ônibus urbano deixou pelo menos 10 feridos, três deles em estado grave, nesta quarta-feira (21) na região central da cidade israelense de Tel Aviv, segundo os serviços de emergência e a polícia.
O incidente ocorreu próximo ao prédio do Ministério da Defesa.
Imagens da TV local mostraram um ônibus com vidros quebrados e muita fumaça.
A explosão foi provocada por um "ataque terrorista", segundo a polícia.
"Uma bomba explodiu em um ônibus no centro de Tel Aviv. Foi um ataque terrorista. A maioria dos feridos sofreu ferimentos leves", disse Ofir Gendelman, porta-voz do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
O ataque aconteceu no momento em que a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, e o secretário-geral da ONU, Ban ki-Moon, prosseguem com reuniões em Israel e Ramallah, na Cisjordânia, para tentar acabar com as hostilidades entre Israel e o Hamas em Gaza.
Israel vive sob tensão por conta da semana de enfrentamentos com grupos militantes palestinos, que já deixou pelo menos 140 mortos.
Em Gaza, jornalistas observaram cenas de comemoração após o anúncio da explosão.
Começo
No dia 14 de novembro, uma operação militar israelense matou o chefe do braço militar do grupo Hamas na Faixa de Gaza, Ahmed Jaabali. Segundo testemunhas, ele dirigia seu carro quando o veículo explodiu. Seu guarda-costas também morreu.
Israel afirma que Jaabali era o responsável pela atividade "terrorista" do Hamas - movimento islâmico que controla Gaza - durante a última década.
Após a morte, pedidos imediatos por vingança foram transmitidos na rádio do Hamas e grupos militantes menores alertaram que iriam retaliar. "Israel declarou guerra em Gaza e eles irão carregar a responsabilidade pelas consequências", disse a Jihad Islâmica.
No dia seguinte à morte de Jaabali, foguetes disparados de Gaza mataram três civis israelenses, aumentando a tensão e ampliando o revide aéreo de Israel - que não descarta uma operação por terra.
Os bombardeios dos últimos dias, que já atingiram a sede do governo do Hamas na operação chamada de "Pilar defensivo", são a mais intensa ofensiva contra Gaza desde a invasão realizada há quatro anos na região, que deixou 1.400 palestinos mortos e 13 israelenses.
Acredita-se que a metade dos mortos sejam civis, o que desperta críticas à ação de Israel. O país alega que os membros do Hamas se escondem entre a população civil.