O atual presidente da União dos Vereadores de Alagoas (UVEAL), vereador reeleito Hugo Wanderley (PMDB/Cacimbinhas) conseguiu alterar o estatuto da entidade para ser candidato à reeleição na próxima legislatura.

O peemedebista conseguiu reunir cerca de 60 vereadores no prédio sede da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) na manhã de hoje - dia 20 - para que fosse votada a alteração. Passou por unanimidade entre os 60. Mas, vale ressaltar: são mais de mil vereadores no Estado e este é o público eleitor de uma disputa que será acirrada.

Até o presente momento, além de Hugo Wanderley quem também desponta como candidato é o vereador por Palmeira dos Índios, França Júnior (PSDB). Com Hugo Wanderley “consolidado” no jogo, o mês de dezembro será de busca por apoios de caciques da política local.

Hugo Wanderley deve contar - como já frisado neste blog - com o apoio do senador Renan Calheiros (PMDB). Quem também quer lançar um nome no jogo, conforme bastidores, é o senador Benedito de Lira (PP). Nas eleições passadas, De Lira se fez presente com um vereador na disputa, mas acabou sendo derrotado pelo grupo de Hugo Wanderley.

França Júnior corre por fora e quer ser o candidato do “ninho tucano”, mas ainda é incerto o apoio do partido. Porém, o edil de Palmeira dos Índios circula bem em vários grupos políticos, o que pode lhe dar vantagem. Dentro do PMDB também possui apoios apesar de por lá quem fala mais alto é o senador Renan Calheiros mesmo.

Para a mudança do estatuto, Hugo Wanderley contou ainda com o apoio de vereadores que estão no mandato, mas perderam a eleição. Ou seja, votos válidos agora, mas não lá na frente quando estiverem na disputa de fato. A busca será por um novo eleitor. Tanto para o peemedebista, quanto para o tucano.

Apesar da disputa, o clima entre Hugo Wanderley e França Júnior é de amizade. Ontem, os dois estiveram reunidos em pelo menos dois momentos: conversaram sobre UVEAL em um almoço e em uma reunião que antecedeu a votação do estatuto.

No grupo que lá estava hoje, além da eleição, o assunto é também a PEC que acaba com os salários dos edis dos municípios com menos de 50 mil habitantes. Uma grande parte de vereadores não “engole” o fato de Benedito de Lira ter assinado a PEC por engano para dar tramitação a esta. A mágoa ainda é grande, conforme fontes.  

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