O pivô que foram buscar em Brasília, a pedido de Edson Bispo, logo descobriu como era o jeito italianado de fazer basquete do Palmeiras. Chegou a São Paulo pela manhã, disputou a final do Torneio Preparação Juvenil à tarde e foi campeão. Como de praxe, a comemoração foi numa pizzaria. Depois de engolir algumas fatias, o reforço de 16 anos começou a dar pulinhos no chão. "É para assentar melhor e abrir espaço para mais pizza", comentou o adolescente, que alguns anos depois seria internado no hospital, devido a uma overdose de bombons Sonho de Valsa.
No Palmeiras não há nenhum craque badalado. Alvarez usa outras palavras para deixar claro que, para atingir os objetivos mais imediatos, não tão ambiciosos, o fundamental é mesmo o trabalho. "O importante é o método, a filosofia. E, na quadra, vamos defender nossas cores até a morte". Em espanhol, essas palavras soam como se fizessem parte de um filme sobre a Revolução Mexicana ou sobre a Guerra Civil Espanhola.
Menos grandiloquente, o pivô Tiagão, que passou pelo Palmeiras quando era infanto, cadete e juvenil, fala sobre a importância da missão de quem vai vestir a camisa verde. "O Palmeiras não pode passar vergonha. Não pode entrar para levar paulada de jeito nenhum, em nenhum campeonato, cara".