A rodada de negociação entre empresários e empregados, oroccida nesta semana, ainda terá continuidade. Os usineiros de Alagoas ofereceram uma contra proposta aos trabalhadores da cana-de-açúcar, que estão analisando os novos números oferecidos, para então aceitarem ou não o acordo.
Os representantes do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Alagoas (Sindaçúcar/AL), da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (Faeal) e da Associação dos Plantadores de Cana do Estado de Alagoas (Asplana) concordaram em conceder capas de chuva para os bituqueiros (profissionais que recolhem a cana cortada) e abonar os dias de trabalho perdidos, quando o motivo da falta for a obtenção de documentos ou o falecimento de algum familiar.
No quesito salário, apenas 5% de reajuste, dos 20% pedidos, foram concedidos. No entanto, o novo valor passaria a ser pago ainda neste ano. Vale lembrar que o reajuste é calculado em cima do atual salário dos cortadores de cana, ou seja, R$ 641. Portando, o aumento significaria R$ 32,05 a mais, totalizando um montante de R$673,05 por mês.
Quanto ao piso de garantia, que a Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura do Estado de Alagoas (Fetag/AL) pedia um aumento para R$ 25, seria mantido no atual valor de R$ 19 até dezembro. Em janeiro, no entanto, o valor seria reajustado de acordo com o salário mínimo.
O pedido de moradia rural para os trabalhadores será analisado separadamente, porque o processo será mais complicado, uma vez que envolveria a caixa Econômica Federal. Uma nova reunião será realizada na próxima terça-feira, quando um acordo deve ser fechado.