Os gestores e a coordenação do Programa de Arranjos Produtivos Locais (PAPL) participaram de uma série de debates com instituições e a equipe da Emater desde a última quarta-feira (7). O encontro, que aconteceu na sala dos Conselhos, no Palácio República dos Palmares, teve como objetivo traçar o planejamento estratégico da Emater, incluindo as demandas dos projetos de mais importância dentro do Governo do Estado.

Três mesas técnicas voltadas para temas como atividades de pesquisa, inclusão produtiva, assistência técnica e extensão rural foram realizadas nos dois dias de reunião. Para a diretora de APLs da Secretaria de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico (Seplande), Fátima Aguiar, o convite do instituto mostra o comprometimento do Estado no desenvolvimento regional de Alagoas.

“Todos os participantes deram a sua contribuição para que as ações da Emater para o ano que vem possam atender ao máximo as necessidades dos territórios e, com isso, consiga mitigar as adversidades que nós conhecemos de perto e sabemos que existem. Antes os planejamentos eram realizados por equipes que não tinham um conhecimento profundo sobre o local que atuariam, com essa nova metodologia é possível trabalhar com uma margem de acerto maior”, explica Fátima.

Cadeias como a da laranja lima, coordenada pelo Arranjo Produtivo Local (APL) Fruticultura no Vale do Mundaú, apresentam crescimento significativo em regiões onde o plantio é considerado uma tradição. Hoje, Alagoas é considerada a maior produtora da fruta em todo o país, são mais de 220 mil toneladas produzidas anualmente e cerca de R$139 milhões movimentados em decorrência da sua comercialização. Toda essa evolução não aconteceu por acaso, garante a gestora do APL, Valdelane Tenório.

“Nada disso seria possível sem a devida orientação. Cada vez mais temos novos produtores nas cooperativas e associações que estão dentro do APL, isso nos faz ver o quanto as capacitações merecem atenção especial. Para nós é muito importante poder pontuar os nossos interesses, onde a assistência técnica é fundamental, principalmente agora, que estamos incluindo o cultivo da banana ao arranjo. Precisamos fortalecer os novos para não prejudicar os antigos”, ressalta.

Programas para atividades não agrícolas também foram discutidos nos debates. Dentro do planejamento da instituição, o turismo havia ficado de fora, devido a restrição de atuação da Emater, mas a coordenação do PAPL sugeriu a inclusão do setor nas estratégias. “Em conversa com uma das diretoras da Emater tivemos a confirmação de que se houver alguma demanda para o setor, serão inclusos projetos voltados para o turismo rural ou até a inserção dos produtos agrícolas no mercado turístico”, explicou o gestor do APL Caminhos do São Francisco, Mauro Coutinho.

Nos próximos dias, um mapeamento junto aos outros arranjos de turismo do PAPL, Lagoas e Mares do Sul e Costa dos Corais, será desenvolvido. “Vamos diagnosticar algumas ações dos nossos territórios que podem ter o apoio da Emater. Caso elas sejam aprovadas serão inseridas no planejamento estratégico deles. Estamos torcendo para que isso seja possível, o turismo é uma atividade que movimenta muito dinheiro no nosso Estado, mas com orientação poderia gerar qualidade de vida para diversas famílias também”, concluiu Mauro.

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