Integrantes da Federação dos Trabalhadores e trabalhadoras do Estado de Alagoas (Fetag) se reuniram para acertar os últimos detalhes para a rodada de negociação coletiva do trabalho que começa na tarde desta terça-feira (6) e terminará na próxima quinta-feira. Uma minuta com 52 reivindicações dos cortadores de cana foi apresentada aos representantes do setor sucroalcooleiro alagoano.

Na pauta, está o aumento salarial de R$ 641, que os trabalhadores recebem atualmente, para R$ 770. Além disso, há também o reajuste do piso de garantia de R$ 19 para R$ 25, o pagamento de uma cesta básica, no valor de R$ 60 e o fornecimento de alimentação no local de trabalho.

Os trabalhadores também precisam de uniformes para todos os cortadores de cana e habitação rural para quem vive no campo. “Eles precisam ter onde construir as suas casas, na zona rural mesmo, não na zona urbana, para que possam morar próximo à sua área de trabalho.

Mesmo com usinas em processo de falência e a constante argumentação de falta de recursos dos usineiros, a Fetag/AL acredita que é possível fornecer essas melhorias aos trabalhadores. “Os preços do álcool e do açúcar estão em alta. O problema que temos acompanhado é de má administração, não de falta de recursos. Essas pessoas precisam de condições dignas para trabalhar”, afirmou Genivaldo Oliveira, presidente da instituição. Atualmente, existem cerca de 60 mil trabalhadores no corte de cana em todo o estado.

As rodadas de negociação serão realizadas na sede da Associação dos Plantadores de Cana do Estado de Alagoas (Asplana), a partir das 15 horas.