Depois do empate com o Botafogo por 2 a 2, no domingo, em Araraquara, os muros da sede social e da loja oficial do Palmeiras, localizados na rua Turiassu, foram pichados por torcedores nesta segunda-feira.

O principal alvo foi o presidente Arnaldo Tirone, que recebeu até ameaças de morte. "Vai morre [sic] Tirone", "Tirone vo mata você [sic]", "Time medilcre [sic]" e "Fora diretoria" foram as mensagens escritas na sede palmeirense.

O protesto ocorre em um momento que o Palmeiras vê sua situação no Campeonato Brasileiro ficar ainda mais delicada. Com o empate, o time corre risco de ser rebaixado já na próxima rodada. Isso irá acontecer se perder para o Fluminense, em Araraquara, e Bahia e Portuguesa triunfarem.

Durante a última semana, torcedores estenderam faixas de protesto nas principais pontes das marginais do rio Tietê e rio Pinheiros. A torcida exigia a renúncia de Arnaldo Tirone e mudanças na diretoria de futebol, além das eleições diretas.

Essa não é a primeira vez no ano em que o Palmeiras sofre pressão fora de campo. Depois do tropeço contra o Vasco, em setembro, que culminou na saída do então técnico Luiz Felipe Scolari, a delegação driblou os torcedores no aeroporto de Congonhas e deixou o local pela pista sob escolta da Polícia Militar.

Contra o Náutico, no último mês, antes do jogo torcedores foram até o hotel onde o elenco estava e a segurança teve de ser reforçada na saída de Recife. Em setembro, cerca de oito vândalos invadiram um restaurante na região central de São Paulo para tentar agredir o presidente Arnaldo Tirone e o vice-presidente Roberto Frizzo (dono do local).