O torcedor que não viu as chamadas nos últimos dias pode até ter estranhado quando começou a transmissão da TV Globo do jogo do São Paulo na Copa Sul-Americana. À frente apenas de partidas da seleção brasileira, corridas e Fórmula 1 e algumas lutas do UFC nos últimos tempos, Galvão Bueno estava de volta a um jogo “regional” – da América do Sul, no caso.
Mesmo nos jogos de muita importância, como as finais da Copa Libertadores, envolvendo clubes brasileiros, era Cleber Machado que vinha narrando. Segundo a assessoria de imprensa do canal, Galvão esteve nessa transmissão por conta da escala, que coincidiu de ele estar disponível entre as tantas viagens e trabalhos que ele já tem no canal.
Com Galvão Bueno, não há apenas um narrador, um cara que relata o que se passa em campo. Mesmo com seus comentaristas – dois nesse jogo – ele sempre dá sua opinião, seu pitaco. Nessa partida do São Paulo contra a Universidad do Chile, em Santiago, não foi diferente.
Primeiro, ele virou um verdadeiro advogado do técnico são-paulino Ney Franco por ter escalado William José – pivô da polêmica com Rogério Ceni, que queria Cícero nessa vaga em partida na última semana. “Ele acertou na aposta com esse menino, que é bom”, dizia o narrador.
O motivo de tanta empolgação eram os dois gols marcados pelo atacante, principalmente o primeiro, que ele conseguiu “salvar” depois de a transmissão chilena quase ter perdido o lance. “Deu para pegar no pulo, no pulo dele, de perna esquerda”, brincou Galvão.
Mas a maior vítima do narrado foi o goleiro Johnny Herrera, que teve passagem pelo Corinthians. Galvão Bueno fez muitas piadas com ele, principalmente pelo retrospecto de ter levado – com os dessa partida – nove gols do São Paulo na carreira. “Acho que o São Paulo sabia que esse goleiro não era confiável, ele nem tamanho tem para ser goleiro.” Algumas piadas fizeram ele, Caio e Casão terem uma crise de riso no intervalo.
Mas o segundo tempo na transmissão tomou o mesmo caminho do jogo. Ao passo que o São Paulo recuou e atacou menos, apenas as críticas dos comentaristas aumentaram, mas Bueno seguida defendendo Ney Franco, tentando acha explicações para as mudanças no time. Galvão aproveitou ainda para lembrar que narrou os três títulos da Libertadores e mundiais do time brasileiro. “Tenho que assumir que gostava das partidas no Morumbi lotado.”
Ah, e claro que não faltaram as tradicionais alfinetadas em Arnaldo Cezar Coelho com as criticas contra a arbitragem da partida, que ele a todo momento ele chamou de “caseira”. Ou seja, no geral, foi um típico jogo com Galvão Bueno.









