Confesso que num primeiro momento não acreditava na seriedade da candidatura do jovem João Henrique Caldas ao cargo de deputado estadual nas eleições de 2010, pois parecia-me uma “forçada de barra” em virtude da sua “descendência política”.

Me enganei.

Ao sagrar-se eleito, o deputado marcou posição entre seus pares com discursos eloquentes, maduros e contundentes, mostrando habilidade e personalidade política.

Com isso, colecionou desafetos no parlamento estadual, principalmente quando, num ato de coragem, cobrou transparência nos gastos da Casa, dando ênfase as gratificações dos comissionados que poucos são vistos pela Assembléia Legislativa.

Alguns dizem que a atuação dele não passa de um jogo de cena, visando notoriedade e interesses futuros. Mas isso não é inerente ao ser político?

Pois bem!

A sociedade politizada acompanha a votação de um processo no TRE/AL em que pedem a cabeça do jovem deputado, sob acusação de abuso de poder econômico durante sua campanha.

Não conheço o teor do processo e por esta razão me abstenho se uma opinião técnica, mas causa estranheza que o feito não tenha sido originado pelo austero Ministério Público Eleitoral ou por outras entidades que atuam no combate à corrupção eleitoral,como é o caso da OAB e do MCCE. 

A votação está empatada e o ato decisivo será da Desembargadora Elizabeth Carvalho, a qual reputo ser portadora dos melhores adjetivos que revestem um magistrado.

De tudo isso, fica uma pergunta: a quem interessa a cassação do JHC?