Como coloquei nas redes sociais sobre o caso envolvendo o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) em Maceió, aqui o faço neste espaço também: é preciso que se tenha fatos para que se faça análises. Caso contrário, o que se tem é apenas especulação. Neste sentido, o afastamento do vereador eleito Guilherme Soares dos quadros do PSOL antes mesmo que este tome posse na Câmara Municipal de Maceió só vem a agravar a crise vivenciada pela legenda.
Mais uma vez, uma crise. Mais uma vez, envolvendo um edil do partido que enfrenta denúncias que serão analisadas pela direção em um processo que pode resultar em expulsão. Vale lembrar que o caso de Ricardo Barbosa nunca foi detalhado - apesar de público. O único fato - naquela época - foi Barbosa ter utilizado verbas indenizatórias, que não eram usadas por Heloísa Helena.
Um pivô, com desdobramentos. O resto da história todos conhecem. Por aqui, o fato sempre foi tratado dando devida atenção aos dois lados. Claro que com mais evidência, afinal foram uma sucessão de acontecimentos envolvendo edis eleitos e um poder constituído: o Legislativo municipal.
Talvez, agora a crise do PSOL ganhe contornos bem mais graves, pois deve acentuar um embate entre o presidente municipal, Alexandre Fleming, e o presidente estadual Mário Agra. É público, pois está nas redes sociais de ambos.
Evidentemente por ambos terem tomado posturas diferentes na condução das acusações que foram feitas em relação ao candidato Guilherme Soares. Quem terá razão? Bem, uma forma prática de chegar a estas respostas: saber os detalhes e indícios que levam a direção psolista a investigar Guilherme Soares por compra de votos.
Como ressaltou Mário Agra - sem maiores detalhes - “foram várias denúncias de compra de votos”. Seria interessante saber como se deu estas denúncias, quais são e qual a força dos indícios. Fleming chama atenção para o direito a ampla defesa e ao contraditório. Nega qualquer proteção a Soares, mas sim ao direito de defesa - segundo ele - pela preservação do próprio partido.
Diante dos detalhes da condução do processo dentro da sigla, é possível avaliar com mais clareza o fato. Afinal, o que envolve Guilherme Soares pode ter proporções maiores, colocando em jogo o próprio futuro da agremiação.
Os argumentos de Fleming e de Agra já foram expostos aqui neste blog. Mas, chegou a um ponto que só o falatório já não basta. Uma análise precisa, sobre o comportamento do partido e de seus dirigentes, só pode ser feita com o conhecimento pleno do teor das denúncias e seus indícios, como já frisado.
Confesso curiosidade por saber detalhes do procedimento adotado pelo PSOL. Saber assim, onde se encontra a lógica e a razão. Pois, como bem coloca Heloísa Helena - em uma precisa posição sobre os fatos - “quem for podre que se quebre”. É isso! Soares - evidentemente - nega as acusações. Neste blog foi publicada uma nota dele sobre o assunto, até mesmo porque fui um dos que tratei o fato.
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