O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, visitou nesta terça-feira as obras do Estádio do Mineirão e rebateu as críticas sobre o andamento das obras para a Copa de 2014 feitas pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB). Rebelo afirmou que Paes está "desinformado" em relação à organização do evento.
"O prefeito do Rio está muito desinformado sobre a Copa do Mundo no Rio de Janeiro e mais desinformado ainda sobre o andamento das obras no restante do Brasil. Ele não poderia falar por outras capitais, como Manaus, Natal... Até porque ele acaba de sair de uma eleição. Se falou sobre o Rio, falou sem conhecimento de causa. Vamos ter o Rio para a Copa das Confederações e para a Copa do Mundo. Falou o que não devia sobre o que não sabia", disse o ministro, após visita ao Estádio do Mineirão, ao lado do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke.
"Ele (Eduardo Paes), como qualquer cidadão brasileiro, tem o direito de criticar o andamento das obras da Copa. As críticas fazem parte da democracia, mas as respostas às criticas também. O prefeito está enganado sobre o andamento, inclusive no Rio de Janeiro", acrescentou o Aldo Rebelo.
Durante evento em São Paulo, realizado no último domingo, Paes reconheceu que seria "politicamente incorreto" ao falar sobre a organização da Copa, mas que os organizadores do Mundial estavam "perdendo a oportunidade" de aproveitar o calendário de competições internacionais no País para "juntar esforços" e mostrar uma boa organização perante a opinião internacional.
O Brasil já recebeu duras críticas da Fifa pelo atraso nos preparativos para o Mundial. Em março, Valcke chegou a dizer que o Brasil precisava de um "chute no traseiro" para acelerar as obras. Na visita desta terça-feira ao Mineirão, o secretário-geral da Fifa colocou em dúvida a realização da Copa das Confederações de 2013 em seis cidades, conforme planejado inicialmente, por causa do atraso nas obras.
Sobre os atos de vandalismo contra o mascota da Copa do Mundo, que ocorreram nos últimos dias em São Paulo, Brasília e Porto Alegre, o ministro afirmou que são ações isoladas e não caracterizam uma "corrente anti-Copa" no Brasil. "Qualquer ato de vandalismo deve ser condenado. É questão de polícia. Eu não creio que esses problemas que aconteceram (contra o mascote) signifiquem uma rejeição à Copa do Mundo. São atos isolados e inaceitáveis", afirmou.
O ministro do Esportes chegou até mesmo a citar a situação do Palmeiras, time para qual torce, para responder sobre os atos de vandalismo. "Eu, por exemplo, vou citar a situação do meu time (Palmeiras): os jogadores e o técnico estão sendo ameaçados e já sofreram atos de violência por parte de alguns torcedores. Isso tem que ser coibido, da mesma forma que o vandalismo contra o mascote".