Caso Paulo Bandeira: julgamento de Adalberon de Moraes é adiado

15/10/2012 10:57 - Maceió
Por Redação
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O julgamento do ex-prefeito de Satuba, Adalberon de Moraes, pelo assassinato do professor Paulo Bandeira, em 2003, foi adiado, devido à mudança de juiz da 8ª Vara Criminal de Maceió. O julgamento tinha sido marcado para o dia 26 deste mês, pelo juiz substituto Geraldo Amorim, mas o novo juiz titular da 8ª Vara da capital, John Silas da Silva, pediu um prazo para estudar o processo e para que sejam cumpridas diligências. A nova ainda não divulgada.

Devem sentar no banco dos réus, além de Adalberon de Morais, que é acusado de ser o mandante dos crimes de homicídio (triplamente qualificado), sequestro e ocultação de cadáver, os policiais militares Ananias Oliveira Lima e Geraldo Augusto Santos Silva, acusados de serem os autores materiais, a doméstica Maria José dos Santos, acusada de indicar a localização do professor, e a ex-diretora da Escola Municipal Josefa da Silva Costa, Nanci Lopes Pimentel, acusada de fornecer o horário de trabalho da vítima para Marcelo José dos Santos, chefe de gabinete do então prefeito Adalberon de Moraes.

O crime
Segundo relatório da Polícia Federal (PF), Paulo Bandeira foi assassinado por denunciar o desvio de dinheiro do Fundo Nacional de Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério (FUNDEF), por parte da chefia do Executivo Municipal.

Paulo Bandeira desapareceu no dia 2 de junho de 2003, após receber um telefonema de Maria José dos Santos, pedindo que o professor comparecesse à prefeitura. Dois dias depois, o corpo do professor Paulo Bandeira foi encontrado dentro do seu carro, carbonizado e acorrentado, no Povoado Primavera, zona rural de Satuba.

No local do crime foi encontrada uma garrafa de álcool, do mesmo lote e marca da escola onde Paulo Bandeira lecionava. Segundo testemunhas, em uma reunião no dia 19 de dezembro de 2002, Adalberon de Moraes teria dado um recado para Paulo Bandeira: "Paulo, de agora em diante passe a gravar tudo de bom que a escola fizer! Você lembra do Juruna?(Mário Juruna, deputado federal morto em 2002), Ele grava tudo, mas morreu!", disse Adalberon em tom de ironia.

Dias antes de ser assassinado, Paulo Bandeira fez uma carta dossiê, e avisou a família, que temia ser assassinado por Adalberon, o que nas palavras do professor: "Desse senhor (Adalberon) pode-se esperar tudo,...).

 

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