Almeida alfineta Biu e Téo, mas promete transição sem confusão

15/10/2012 08:27 - Política
Por Redação
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Com um clima de bastante cordialidade, o prefeito de Maceió, Cícero Almeida (PSD) recebeu em seu gabinete Rui Palmeira (PSDB). Eles iniciaram o processo de transição que deve acontecer até o final de 2012 e no encontro Rui ouviu os principais problemas da cidade. O tucano foi eleito prefeito da capital com mais de 200 mil votos. 

Em entrevista coletiva, Almeida informou que todo processo de transição acontecerá de forma pacífica. “Já coloquei todo meu secretariado à disposição da equipe de Rui. As principais secretarias foram organizadas há seis meses. Fizemos o nosso dever de casa e, logicamente, estamos torcendo que o prefeito eleito pelos maceioenses consiga realizar todas as promessas de campanha. Apesar de qualquer diferença política, torço por Maceió. Rui pode contar sempre comigo”, disse.

A situação financeira de Maceió foi exposta na entrevista. De acordo com o prefeito, a capital se encontra com dinheiro em caixa e com poucas dividas a pagar. “Encontrei a prefeitura com mais de R$ 400 milhões em débito. Desse valor, R$ 250 milhões foram pagos. Estou passando a prefeitura para a mão de Rui Palmeira com apenas R$ 3 milhões de saldo a pagar. Ele terá 15 anos para realizar o pagamento. Queríamos, é verdade, ter feito muito mais, mas infelizmente não conseguimos. Faltou apoio político da bancada federal e do governador Teotonio Viela. Pensei que depois da campanha de 2010 teria apoio do Téo, mas me enganei. Agora é bola pra frente. Já voltei hoje a apresentar meu programa na rádio”, pontuou.

O clima de guerra vivido com o senador Benedito de Lira (PP) foi lembrado por Almeida. Segundo o prefeito, Lira terá obrigação em ajudar o tucano na administração da capital. “As promessas antigas do senador deverão ser cumpridas nessa nova gestão. Ele deve ter compromisso com isso. Até porque o vice-prefeito foi indicado por ele. Teoricamente, deve ser um processo natural”, destacou.

Ainda na entrevista, Rui Palmeira demonstrou que ficou bastante satisfeito com a primeira conversa. “Almeida nos recebeu com tranquilidade e nos mostrou a realidade da cidade. Acredito que não teremos maiores problemas. A transição acontecerá de forma republicana e organizada”, informou.

Até o final da semana, Rui prometeu indicar os nomes das pessoas que realizarão o processo de transição, já que como parlamentar a agenda em Brasília não permite a convivência diária. “Os profissionais serão indicados nos próximos dias. Teremos um grupo técnico que analisará todos os dados e contas. No primeiro momento, o orçamento do município terá uma atenção em especial. Em seguida, as demais necessidades serão supridas”, comentou Palmeira.

Sobre as obras estruturantes que estão paradas devido ao impasse com governos Estadual, Federal e Prefeitura de Maceió terão atenção especial de Rui. “Precisamos sentar com a Caixa e analisar o que há de errado. Vamos conversar também com o governador Téo para ter conhecimento da situação de todos os recursos”, argumentou.

Rui prometeu até o final de dezembro os nomes de todo secretariado. “Teremos uma gestão que será composta com nomes técnicos e políticos, mas antes de qualquer indicação irei analisar pessoalmente o histórico de vida de cada um”, prometeu, sem descartar a possibilidade de convidar algum secretário de Estado para compor o seu time a partir de 2013.

Alfinetada

Antes da reunião com o prefeito, Rui bateu um papo com os jornalistas. Indagado sobre a declaração de Almeida de que o pleito em Maceió foi o mais fácil da história o tucano revidou com uma provação. “Foi o mais fácil porque ele não participou da campanha. Trabalhamos muito”, expôs, arrancando risadas dos membros da imprensa.  

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