O Avaí vive uma fase ruim. O time tem resultados abaixo das expectativas para o programado acesso e um dos fatores que mais prejudica a ascensão do time na tabela da Série B é a ineficiência do ataque: o time é apenas o 15º da competição em número de gols. Neste quadro, Ricardo Jesus assume parte da responsabilidade, mostra otimismo e tenta justificar o jejum de gols. O centroavante balançou a rede apenas uma vez em nove partidas com a camisa azurra.
— Não é uma situação confortável, principalmente para o centroavante. Como eu disse, o Ricardo (Jesus) veio para cá não foi para salvar o Avaí, até porque o Avaí estava bem e não precisava de salvação. Eu vim para cá para ajudar, mas infelizmente não consegui ajudar com gols. Eu tenho corrido, tenho feito o meu melhor. Eu estou jogando, não é porque eu vim da Portuguesa; estou jogando pelo que venho produzindo. Não é muito, até porque o atacante tem que fazer gol, mas eu tenho ajudado da melhor maneira possível – explicou.
O atacante aposta na força do time que vai brigar pelo acesso enquanto houver chances matemáticas. Segundo Jesus, esse é o espírito do time, que não vai desistir enquanto puder brigar por uma vaga na Série A de 2013.
— Enquanto tivermos forças a gente tem que trabalhar e continuar acreditando. Enquanto tivermos meio porcento de chances, nós vamos lutar pelo acesso. Todo mundo aqui queria estar numa situação diferente. Todo mundo queria estar fazendo gols, brigando pelo acesso.
Cada clube tem a sua história. Eles (os outros times) plantaram e estão colhendo essas vitórias e a gente tem que correr atrás do nosso – destacou Ricardo Jesus.
Sobre as possíveis chances de gols desperdiçadas, o centroavante acha que não foram oportunidades tão fáceis. Para ele, o time do Avaí produz jogadas de perigo, mas a bola dificilmente chega ao atacante em condições realmente propícias para balançar as redes adversárias.
— As chances que a gente está tendo não são claras. São chutes de fora da área, de rebote, não são aquelas chances cara a cara com o goleiro. Mas acredito que a gente tenha que se esforçar ainda mais para conseguir fazer os gols.
Ricardo Jesus vê os desafios contra as principais equipes que concorrem pelo G-4 com otimismo. Segundo o atacante, o Avaí consegue melhores resultados enfrentando grandes equipes, que costumam dar mais espaços onde o Leão demonstra melhor qualidade técnica.
— São jogos teoricamente fáceis de jogar, porque são clubes grandes e dão espaços para a gente. Aí sobressai a nossa qualidade, como foi na partida contra o Vitória. O time mostrou, contra o líder do campeonato, que tem condições de vencer qualquer um.
Ricardo Jesus explicou que a opção de colocá-lo para jogar sozinho no ataque, com dois pontas ou numa dupla é critério do técnico Argel. Ele não tem preferência e explica que já teve fases em que jogou sozinho na frente, como prefere, mas já jogou em duplas. O importante é que, de qualquer maneira, o time de Florianópolis consiga os resultados.
— Fase é igual a chuva, ela vem e passa. Eu já joguei em outros clubes e o jeito de jogar varia de técnico para técnico. O Argel tem a maneira dele de jogar e a gente tem que se adaptar.