A vitória expressiva da senadora Heloísa Helena (PSOL) - sendo a vereadora mais votada - e a quinta colocação de Alexandre Fleming (PSOL) na disputa pelo Executivo municipal - ultrapassando os 20 mil votos - fazem com que a agremiação psolista ocupe um importante espaço na capital alagoana. De contraponto, de questionamento e de debate, concordem ou não com a ideologia do partido.
É um PSOL que pode falar grosso.
Pelo lado de Heloísa Helena, mantém o espaço na Câmara Municipal de Maceió. A vereadora se firma como uma importante voz de oposição, para quem gosta dela e para quem não gosta. Mas Heloísa Helena vai sair do partido? - indagariam alguns. Bem, isto é uma questão para um futuro que ainda não chegou. Eu me indago se Marina Silva vai mesmo marchar com outra sigla, por exemplo.
Apesar das discordâncias com o PSOL, é impossível não reconhecer que o partido apresentou crescimento, sobretudo se comparado com pleitos passados. A candidatura de Alexandre Fleming - por exemplo - dialogou com setores que a esquerda mais radical sequer chegava perto. Uma conquista eleitoral que se traduziu em votos e pode refletir em projeto futuro, evidentemente.
Vejam os números. Em 2008, quando disputou o Executivo, Mário Agra teve quase seis mil votos. Quando o comparativo é com o Governo do Estado, também se percebe a evolução: o PSOL teve na disputa pelo Executivo pouco mais de 18 mil votos. Agora, na busca pela Prefeitura de Maceió, mais de 20 mil pessoas apostaram na proposta apresentada pela agremiação. Internamente, o feito deve ser comemorado como uma vitória para os psolistas.
Fleming se consolida como um importante nome do partido para projetos futuros, sobretudo por ser sua primeira campanha majoritária. Ele foi candidato, em 2010, mas disputou uma das cadeiras da Câmara Federal. Claro que o PSOL vai usar este espaço conquistado e tentar ampliar ainda mais este diálogo. É legítimo que o faça. E existiu quem apostou que o PSOL teve campanhas melhores que esta. Bem, não é o que dizem os números.
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