Na última sexta feira a associação Ecoduvale, integrande do Programa de Arranjos Produtivos Locais (PAPL), especificamente do Arranjo produtivo Local (APL) Fruticultura no Vale do Mundaú, recebeu técnicos da empresa Ecocert Brasil, de São Paulo, para a manutenção do selo de certificação da produção orgânica e inserção de outras seis famílias na organização. O PAPL é coordenado pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande), em parceria com a Desenvolve – Agência de Fomento e o Sebrae/AL.
Localizada em Santana do Mundaú, a Ecoduvale já contava com dez famílias certificadas. A cada dois anos essas concessões precisam ser renovadas e tudo isso deve ser realizado por meio de consultoria de empresas especializadas. “A certificação do selo é validada pelo SisOrg (Sistema Brasileiro de Avaliação de Conformidade Orgânica), pode ser emitido por uma empresa credenciada pelo Ministério da Agricultura e gera um custo para o agricultor. Antes não era possível contar com apoio específico para este fim, mas eles já têm uma parceria e atualmente arcam com uma porcentagem de tudo, a grande parte é custeada pelo Sebrae”, explica a gestora do APL Fruticultura no Vale do Mundaú, Valdelane Tenório.
Os produtores procuram esse diferencial porque além de proporcionar a comercialização de um produto de melhor qualidade, o selo garante ao produtor um acréscimo de 30% no valor que o fruto geralmente é vendido. “A sensibilização que a coordenação tem feito junto aos produtores fez com que eles entendessem que é importante investir um pouco mais em algo que vai trazer visibilidade aos frutos deles, consequentemente trazer um retorno financeiro melhor”, relatou Valdelane.
Com uma produção média de 20 a 30 mil frutos anualmente, a associação vai aumentar significativamente seu lucro com o incremento de outras seis famílias com o selo. Além disso, o grupo visa a mudança de seu quadro organizacional, em breve vão responder como um cooperativa. “O APL tem feito um trabalho intenso nessa comunidade, justamente pelo fato deles procurarem tanto essa organização. Sem isso, nenhuma associação, cooperativa ou qualquer tipo de grupo pode ir pra frente, disso eles têm consciência. No que depender do Governo, eles terão sempre apoio para alcançar melhorias, a Ecoduvale é um exemplo disso”, ressaltou a diretora de APLs da Seplande, Fátima Aguiar.