A disputa pela Casa Branca entra em sua reta final neste sábado com o presidente dos Estados Unidos e candidato à reeleição, o democrata Barack Obama, e o aspirante republicano Mitt Romney muito próximos nas pesquisas, a exatamente um mês antes da grande marcha às urnas, em 6 de novembro.
Após uma bem-sucedida atuação em um primeiro debate presidencial, o aspirante republicano à Casa Branca, Mitt Romney, participará durante o fim de semana de diversos atos de campanha na Flórida, um dos estados-chave para as eleições que, segundo as pesquisas, ainda não se definiu.
Por sua vez, o candidato à reeleição Barack Obama fez um intervalo após ser divulgado na sexta-feira que o desemprego caiu em setembro para 7,8%, dado que o líder considerou um apoio a suas políticas econômicas e que pode lhe dar um impulso.
É a primeira vez desde janeiro de 2009 que o governo de Obama tem uma taxa de desemprego abaixo de 8% e embora os 114 mil empregos criados não sejam suficientes para consolidar a recuperação, o fato de a barreira psicológica numérica cair já lhe dá crédito.
A candidatura de Obama recebeu hoje outro dado positivo ao ser divulgado que durante o mês de setembro sua campanha arrecadou US$ 181 milhões, com contribuições de 1,82 milhão de pessoas, das quais "567 mil contribuíram pela primeira vez", segundo o diretor da campanha, Jim Messina, por e-mail.
Isso significa que a campanha eleitoral continua à toda velocidade e os simpatizantes democratas e republicanos se mobilizarão até o último dia para conseguir que seu candidato chegue à Casa Branca nas eleições do próximo 6 de novembro.
Os dados da arrecadação de Romney em setembro não foram publicados ainda, mas sua campanha afirma que teve um alto ritmo e em agosto chegou a US$ 111 milhões.
A corrida continua apertada e apesar de Obama ter recebido nesta semana dados positivos, Romney também está em boa fase, após falar com desenvoltura no primeiro debate presidencial em que, segundo analistas e a mídia, o presidente pareceu não se sentir confortável e não transmitiu com clareza suas ideias.
Em uma enquete da "CNN"/ORC International realizada com 430 pessoas que viram o debate, 67% indicaram Romney como vencedor, contra os 25% que apostaram em Obama. O jornal "USA Today" afirma que, segundo uma estimativa, 67,2 milhões de pessoas viram o debate.
"Parecia que Romney queria estar ali e, o presidente Obama, não", resumiu o estrategista democrata e colaborador da "CNN" James Carville, em declaração à rede.
A empresa de consultoria Rasmussen realizou enquetes em Ohio, Virgínia e Flórida, três dos estados mais decisivos, em que, segundo resultados acirrados, Romney têm vantagem sobre Obama em dois, uma diferentemente do mês passado, quando o presidente liderava as enquetes nos três.
Romney lidera na Virgínia com 49%, frente aos 48% do líder; e na Flórida passa Obama com 49%, contra 47%, segundo pesquisas realizadas com uma amostra de 500 pessoas em cada estado.
Em Ohio, Obama continua no topo com 50% do apoio contra os 49% que obteve Romney.
Os analistas advertem que as tendências das enquetes podem ter uma reação sensível aos eventos e que os partidários de um candidato em particular podem ser mais entusiastas após ter uma percepção positiva de um evento.
O que está claro é que Romney precisa aproveitar o momento para transformar o apoio em votos e se manter alerta no próximo debate, no dia 16 de outubro em Nova York.
Obama terá que levar sua destreza retórica que cativou seu público ao segundo debate, onde os cidadãos poderão fazer perguntas aos candidatos sobre política nacional e internacional.
O presidente retomará no domingo sua agenda e viajará para Los Angeles, onde participará de um espetáculo para arrecadar fundos no teatro Nokia se apresentarão, entre outros, Stevie Wonder, Jon Bon Jovi, Katy Perry, Jennifer Hudson e Earth, Wind & Fire.
Obama passará a noite em Los Angeles e na segunda-feira viajará para Keene, para inaugurar o Monumento Nacional em homenagem ao ativista hispânico de direitos civis César E. Chávez. EFE