Afastando do processo eleitoral municipal deste ano, o empresário e deputado federal João Lyra(PSD) decidiu hoje ir até a cidade de Atalaia, onde o seu neto, economista Fernando Collor Lyra é candidato a vice prefeito na chapa do empresário Zé do Pedrinho(PSD).

JL ficou satisfeito com o desempenho do neto nesses três meses de campanha. Ele hoje participou de um almoço com o grupo que apoiou a chapa do neto.

 Atalaia, onde o senador Fernando Collor que apoia outra candidatura, do professor Mano(PTB) perde uma disputa doméstica para o sobrinho Fernando Collor Lyra, filho de Pedro Collor com Thereza Lyra.

Morto em 1994 com um tumor no cérebro, Pedro é o irmão desafeto que desencadeou a série de denúncias de corrupção que provocaram o impeachment em 1992. Bela e aguerrida na defesa do marido, Thereza, que é filha de João Lyra, ficou conhecida como a musa do impeachment.

Fernando Lyra (foi esse o nome político que adotou) é candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada pelo ex-prefeito Zé do Pedrinho (PSD), com apoio do avô, que aposta no neto como herdeiro político da família. Ele tem também o valioso apoio da mãe, que abriu espaço na sua agenda de empresária em São Paulo para fazer incursões em Atalaia, a 60 quilômetros de Maceió, e pedir votos para a chapa do filho.

Como uma estrela de TV, sua presença nos palanques atrai multidões aos comícios. Ela é assediada pelos eleitores, que disputam fotos, autógrafos ou um simples aperto de mão. "Por onde ela passa é como um tsunami, faz um arrastão", relata, entusiasmado, o coordenador da campanha da chapa, Augusto Machado. "Se eu não acreditasse no trabalho do meu filho, garanto que não estaria aqui falando para vocês", disse ela em discurso no último comício.

Com 28 anos, formado em economia na Suiça, Fernando dirige a usina Uruba, do avô, a maior empregadora da região. Mas a empresa passa por problemas financeiros e sofre processo de falência. Ele disse que a disputa é um teste para voos mais altos no futuro. Collor, o tio famoso, está engajado na campanha do adversário do sobrinho, Manoel Oliveira (PTB), que patina nas pesquisas, mesmo apoiado pelo atual prefeito, Chico Vigário (PTB).

Tio e sobrinho, todavia, fizeram um pacto de não agressão para não jogar mais combustível na fogueira que dividiu a família há 20 anos.

Texto, Vanildo Mendes, enviado especial do Estado de S.Paulo

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