O comitê do Prêmio Nobel da Paz está fortalecendo sua segurança para impedir que bisbilhoteiros das decisões possam antecipar a premiação.
"Tomamos certas precauções", afirmou à Reuters Geir Lundestad, chefe do Instituto Nobel, na Noruega.
O vencedor já foi escolhido entre cerca de 230 candidatos, mas o nome permanecerá em segredo até o dia 12 de outubro.
"Vazamentos em geral não são um problema. Mas queremos proteger essa informação", disse Lundestad.
Há até o temor de que pessoas possam usar telescópios nos prédios adjacentes para ler o nome do vencedor.
"Você simplesmente fecha as cortinas e não há nada para se ler", afirmou.
"Telefones celular são horríveis do ponto de vista da segurança... Nunca trazemos celulares para a sala, porque eles dão a especialistas um fácil acesso (ao que ocorre aqui dentro)", afirmou.
Telefones celulares podem ser ativados remotamente e usados como aparelhos de escuta.
O prêmio tem grande impacto em seus vencedores. A líder oposicionista de Mianmar Aung San Suu Kui venceu em 1991 por seu trabalho pela democracia de dentro da prisão. Ela foi solta em 2010 e visitou Oslo em 2012.
Em 2010, o prêmio para o dissidente Liu Xiaobo causou fúria no governo chinês. Liu está preso por subversão.
De acordo com a imprensa norueguesa, os principais candidatos deste ano são Maggie Gobran, uma cristã que ajuda os moradores das favelas do Cairo; o norte-americano Gene Sharp, que trabalha com prevenção de violência; e o grupo russo de direitos humanos Memorial.