O Arranjo Produtivo Local (APL) Mandioca no Agreste, em articulação com o Sebrae Alagoas e a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), realizou uma visita técnica aos municípios de Taquarana e Junqueiro, na última quarta-feira (26). A ação teve como objetivo levantar dados para o projeto arquitetônico de duas minifábricas para a produção de sequilhos para a região.

As associações Mutamba Torta, em Junqueiro, e Riachão, em Taquarana, foram escolhidas por já apresentarem um nível de organização satisfatório. Nos últimos dois anos, foram realizados constantes trabalhos pelo APL nas comunidades mas, apesar desse quadro, alguns grupos ainda trabalham isoladamente. O APL Mandioca do Agreste faz parte do Programa de Arranjos Produtivos Locais (PAPL), coordenado pela Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico com o apoio da Desenvolve - Agência de Fomento de Alagoas e Sebrae/AL.

 “Eles já comercializam os produtos deles no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). A associação de Taquarana, por exemplo, conseguiu recentemente aumentar em um dia a oferta de alimentos no PAA, totalizando dois dias na semana, mas nós queremos fazer com que eles trabalhem juntos, a fábrica vai unificar toda a produção em um só lugar”, explicou o gestor do APL mandioca no agreste, Nelson Vieira.

Cerca de 65 famílias, podendo chegar a 85, serão beneficiadas diretamente com a construção dos dois empreendimentos. Com o biscoito de sequilho como o carro chefe da produção, as associações também produzem bolos à base de fécula, goma, massa puba e broas. “O objetivo é de que com todos os sócios já capacitados produzindo em um mesmo lugar essa capacidade seja expandida, em maior qualidade. As duas fábricas vão produzir 400 quilos por dia, o que pode chegar a uma receita bruta de R$120 mil por mês”, relata o gestor.

Daqui a 10 dias o projeto arquitetônico elaborado por consultoras do Sebrae será entregue à Codevasf, para que projetos complementares sejam finalizados por engenheiros da equipe. “O recurso para a construção das fábricas já está assegurado, a previsão é de que até o final do ano tudo esteja pronto para ser colocado em prática”, concluiu Nelson Vieira.