Presidente do Santos diz que lesão de Ganso é "incurável"

25/09/2012 16:30 - Futebol
Por Redação
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A contusão de Paulo Henrique Ganso é "incurável". Quem afirma é o presidente do Santos, Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, que nesta última segunda-feira fez questão de deixar claro que o ex-jogador santista vai receber menos no São Paulo em relação a proposta que lhe foi feita pela direção do clube para que ele continuasse na Vila Belmiro. Em Zurique, na Suíça, onde participou de reuniões na Fifa, o cartola do Santos falou sobre a situação física do jogador e apontou que "o problema é sério". "Vão ter de acompanhar com muito cuidado o jogador. Na minha opinião, o que ele tem é incurável", disse, sem dar maiores detalhes sobre os problemas do jogador.

O cartola insistiu que estava "aliviado" com o final da "novela". "Não aguentava mais. Sua saída foi a melhor solução", afirmou. Luis Álvaro esteve na Europa no momento crítico das negociações sobre o futuro do jogador. Mas garantiu que acompanhou tudo "online". O cartola admitiu que Paulo Henrique Ganso recebeu quatro propostas diferentes para ficar no Santos e que, na última, ele ganharia R$ 420 mil, contra os R$ 350 mil mensais que vai receber em novo contrato com o São Paulo.

"Ele ganharia mais no Santos. Mas a verdade é que ele não queria mais jogar no nosso clube", disse. O cartola ainda confirmou que a venda de Paulo Henrique Ganso terminava com a parceria entre o time e a empresa DIS, do Grupo Sonda. A companhia tem 55% dos direitos do meia. "É um final de casamento", admitiu Luis Álvaro. Além de Ganso, a DIS ainda é dona de 40% do passe de Neymar.

Críticas
O cartola ensaiou algumas reclamações em relação à postura do São Paulo durante toda a negociação com Paulo Henrique Ganso. "O São Paulo tem o jeito deles, que é diferente do meu. Não é um juízo de valor. Mas a vida continua", disse. O presidente insistiu que "não iria ceder um só centavo" na negociação e alertou que preferia que Paulo Henrique Ganso tivesse deixado o Santos "de uma outra maneira". Luis Álvaro, contudo, reconheceu que ex-camisa 10 da Vila Belmiro "fez história no time". "Não posso negar, sou um devedor do Ganso", completou.

De camisa 10 ideal a meia contestado
Ganso, revelado nas categorias de base do Santos, começou no clube em 2008, junto a Neymar, a maior estrela do time na atualidade. Desde que chegou ao time profissional, a carreira de Ganso se revezou em sobes e desces. Nos primeiros anos, o jogador conquistou críticos e torcedores não apenas por ser uma das maiores promessas do futebol do Brasil, mas por ter surgido como protótipo do camisa 10 criativo e pensador, em falta nos últimos anos.

A trajetória de Ganso - que parecia traçar uma ascensão meteórica rumo ao estrelato nos principais gramados do mundo - teve, porém, um baque grande em 2010. No meio daquela temporada, o jogador sofreu grave lesão no ligamento cruzado de seu joelho.

A lesão deixou Ganso fora dos gramados por seis meses e comprometeu a sequência da carreira no Santos do jogador, que não conseguiu manter o nível de seu futebol e perdeu prestígio com a torcida.

A volta ao clube veio durante a Copa Libertadores de 2011, mas nem a conquista do título continental fez com que o meia retornasse a seus melhores dias no Santos. À sombra de Neymar, que se consolidava como grande ídolo e craque do Brasil, Ganso perdeu espaço na mídia e também na Seleção Brasileira. De camisa 10 incontestável, o jogador passou a opção para o meio-campo.

No time olímpico de Mano Menezes, que ficou com a prata na Olimpíada de Londres, o meia Oscar, do Internacional, vestiu a camisa 10 da equipe, a qual, há poucos anos, era reservada para o jogador santista.

Logo após a Olimpíada, intensificaram-se os boatos sobre uma possível saída do Santos. E o destino para Ganso se tornou justamente o rival São Paulo, que quis buscar na Vila Belmiro um substituto à altura para Lucas, negociado com o Paris Saint-Germain. O meia, dessa forma, rompe o contrato com a equipe praiana, com final estipulado para fevereiro de 2015.

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