O Irã disse na segunda-feira que vai boicotar o Oscar de 2013, num protesto contra a realização nos Estados Unidos de um filme semiamador ofensivo ao profeta Maomé, causador de violentos protestos no mundo islâmico nas últimas semanas.
Apesar da censura e das perseguições a cineastas importantes, o cinema iraniano angariou grande respeito dos críticos nos últimos 20 anos. Neste ano, "A Separação", de Asghar Farhadi, se tornou a primeira obra iraniana a conquistar o Oscar de melhor filme em língua estrangeira.
O ministro da Cultura e da Orientação Islâmica, Mohammad Hosseini, disse à agência de notícias Isna que o Irã vai boicotar a próxima edição do prêmio "para protestar contra a realização de um filme que insulta o profeta, e por causa do fracasso dos organizadores em assumir uma posição oficial (contra o filme)".
Ele também pediu que outros países islâmicos boicotem o Oscar.
Segundo Hosseini, a comédia dramática "Um Cubo de Açúcar", de Reza Mirkarimi, havia sido escolhida para representar o Irã na disputa pelo Oscar de melhor filme estrangeiro.