A desistência do pedetista Paulo Corintho de concorrer à reeleição à Câmara Municipal de Maceió deixam bem visíveis as entrelinhas do pleito. Primeiro: a clara insatisfação do PDT de se encontrar - na proporcional - no grupo no qual se encontra junto com o PMDB. 

Em nome da majoritária, que enfrenta problemas sérios com Ronaldo Lessa (PDT), a agremiação foi rifada para servir de escadas para fortes candidaturas peemedebistas.

No início, o PDT chegou a ensaiar uma revolta. Amilka Melo já havia desistido da campanha.

Outro ponto é a dificuldade que alguns candidatos estão tendo de acompanhar o “poder econômico” de quem pode mais. A greve da Polícia Federal tem facilitado as coisas para os que transformam votos em mercadoria. As ostensivas campanhas estão agindo sem pudores, por todos os recantos de Maceió.

Um determinado candidato - recentemente - se revoltou, por exemplo, por encontrar adesivos de outros em algumas residências de seu reduto. Ordenou aos assessores para entrarem nas casas e retirarem tais adesivos, colocando o dele “para mostrar quem manda na região”. É como o pleito está andando em muitas regiões de miséria em Maceió. A fiscalização das eleições parece ter mandado lembrança.

Depois dos avanços - ainda que poucos, significativos - de 2008 com casos de cassação, este processo eleitoral parece correr solto o abuso do poder econômico. Paulo Corintho (PDT) - portanto - teve dois bons motivos para sair fora do processo: grupo forte no qual se encontrava e o abuso do poder econômico no pleito. Eis a tradução das entrelinhas de sua nota divulgada a imprensa, confirmando o que já havia sido antecipado pelo Blog do Vilar.

No mais, o vereador afirma que segue com seus compromissos na Câmara Municipal de Maceió. E o PDT? Partido que já ocupou o Palácio República dos Palmares segue perdendo espaços na política alagoana...

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