Produtores de coco organizam encontro para discutir apoio à atividade

24/09/2012 17:03 - Negócios
Por Redação

Os produtores de coco de Alagoas estão organizando um encontro para discutir a comercialização do produto e o apoio à atividade. Eles reclamam que o preço pago por cada unidade, cerca de R$ 0,35, não é suficiente para remunerar a produção, que ainda sofre com o ataque de pragas, doenças, o roubo de coco e a derrubada das plantas para uso da madeira.

O encontro será realizado pela Associação dos Produtores de Coco (Prococo) na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (Faeal), no bairro do Jaraguá, em Maceió, no próximo dia 27, a partir das 8h.

A iniciativa conta com o apoio da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri), Cooperativa Pindorama, Sindicato Nacional dos Produtores de Coco e Embrapa Tabuleiros Costeiros.

De acordo com o presidente da Prococo, Eurico Uchôa, um dos temas discutidos será o fim da salvaguarda, uma medida autorizada pela Organização Mundial do Comércio (OMC) da qual o Brasil era signatário. Esse instrumento era utilizado para limitar a importação de coco ralado beneficiado pelos empresários do país e, assim, valorizar a produção interna. “A validade foi de 10 anos, mas a medida chegou ao fim no dia 31 de agosto deste ano, o que pode comprometer a produção nacional”, comentou Eurico Uchôa.

Por outro lado, segundo ele, entrou em vigor no dia 1º de setembro a Taxa Externa Comum (TEC), que pode elevar os impostos cobrados do coco ralado que chega ao país. De acordo com o consultor da área, o engenheiro agrônomo Múcio Wanderley, ainda não há uma garantia de que essa medida vai ter efeitos positivos. “Ainda é cedo para avaliarmos esses efeitos. Mas já sabemos que essa taxação ao produto importado pode chegar a 60%. Antes, era em torno de 10%”, frisou o consultor.

Com isso, segundo ele, a produção interna pode ser valorizada. “O coco ralado produzido na Ásia chega ao Brasil a preços competitivos porque lá o custo de produção é menor, são menos encargos sociais. Com a TEC, talvez o mercado interno se aqueça e os produtores sejam valorizados”, comentou o consultor. Para ser aprovada, a TEC contou com o apoio do Sindicato Nacional dos Produtores de Coco e do senador Benedito de Lira.

Parceria

Segundo o secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, José Marinho Júnior, a Prococo e a Seagri firmaram uma parceria com a Embrapa Tabuleiros Costeiros para realização de pesquisas e dias de campo com o objetivo de orientar os produtores no combate a pragas e doenças.

Outro assunto que será tratado no encontro é a certificação da Prococo como entidade de utilidade pública, obtida em abril de 2012.

De acordo com o presidente Eurico Uchôa, a partir de agora a associação pode garantir recursos de emendas parlamentares para pesquisas, capacitação de produtores e aquisição de equipamentos. A iniciativa contou com o apoio do deputado estadual João Henrique Caldas, autor do projeto de lei.
 

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