Um dos casos policiais de maior repercussão em Alagoas pode estar ganhando um novo capítulo. Judarley Leite de Oliveira, principal acusado de matar o modelo Erick Ferraz, durante uma festa de virada de ano em Viçosa, foi transferido da delegacia local para a capital alagoana, gerando revolta da família do modelo, que teme pela liberação do acusado.

De acordo com um despacho do juiz de direito, Luciano Andrade de Souza, datado da última quinta-feira (20), o acusado Judarley Leite de Oliveira, que assumiu o crime, após se preso em Garanhuns, Estado de Pernambuco, e apresentado em Maceió, foi transferido para a capital alagoana, por falta de condições básicas para manter o preso nesta unidade.

Judarley foi transferido para o presídio Baldomero Cavalcante, no sistema prisional, porém, o réu confesso que mal havia chegado ao presídio, já foi transferido para a Casa de Detenção de Alagoas, o Cadeião, e de acordo com a assessoria do presídio, não há informações sobre o motivo da sua transferência. Segundo o pai de Erick, modelo assassinado, Edglenes de Oliveira, o sentimento e de impunidade.

“Eu ainda estou buscando contato com o promotor responsável pelo caso (Anderson Cláucio), mas apesar de qualquer coisa, quem está preso para sempre é o meu filho. A lei tem muitas brechas e até os assassinos confessos não ficam presos. Parece que é vantagem ser bandido em Alagoas”, lamentou o pai do modelo, que desde as primeiras horas desta segunda-feira (24) ouviu boatos da soltura de Judarley.

O pai do jovem ainda lembrou o evento em que encontrou com as famílias do funcionário público Silvio Viana e do estudante Fábio Acioly. “Eu vi aquelas famílias pela televisão e não imaginava que pudesse estar junto com eles, lamentando a perda de um familiar e a injustiça”, finalizou.