O deputado somali Mustaf Hajji Mohammed, pai da mulher do ex-presidente da Somália, Hassan Sheikh Mohamud, morreu neste sábado em atentado na cidade de Mogadíscio, imersa em uma onda de ataques contra o governo e a imprensa.
Dois pistoleiros dispararam contra o parlamentar na saída da mesquita de Ali-Boley, nos arredores de Mogadíscio, quando a vítima voltava para casa, informou à Agência Efe Abdi Yare, testemunha do atentado.
'Eu também saía da mesquita e vi dois homens armados com pistolas. Um deles disparou no peito da vítima, que morreu apesar da tentativa de moradores de levá-lo ao hospital', afirmou Yare. Nenhum grupo se responsabilizou pelo atentado até o momento.
As ações terroristas pioraram na capital da Somália, controlada pelas forças do governo e os soldados da Missão da União Africana (AMISOM), desde as eleições presidenciais de 10 de setembro.
Pelo menos 14 pessoas morreram, entre eles dois jornalistas, e 15 ficaram feridas em um duplo atentado suicida em um restaurante de Mogadíscio, na quinta-feira
É a terceira vez, em menos de uma semana, que um atentado sacode Mogadíscio, já que os radicais islâmicos de Al Shabab, a guerrilha que controla o centro e sul do país, afirmaram terem bombardeado com morteiros o Palácio Presidencial.
Dois dias após as eleições, dois ataques suicidas causaram a morte de quatro pessoas frente a um hotel de Mogadíscio onde o novo presidente dava uma entrevista coletiva.
Apesar de o processo político de transição ter sido concluído, a Somália ainda está imersa em uma guerra entre as tropas da União Africana, o Exército somali e Al Shabab, que tenta de instaurar um Estado muçulmano de corte wahhabista no país. EFE