A população entre 30 e 59 anos continua representando o maior percentual da força de trabalho no país. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente ao ano de 2011, eles representam 61,9% do total das pessoas ocupadas, somando 57.271 milhões de trabalhadores.
Em 2009, o número de empregados na faixa etária de 30 a 59 anos era de 55,4 milhões, que representa 60,6%. Em comparação com os dados de 2011, o percentual aumentou 3,3%.
O total de pessoas ocupadas em 2011 foi de 92,5 milhões, um aumento de 1 milhão em relação a 2009, ou seja, houve um crescimento de 1,1%. Os dados consideram pessoas ocupadas com 15 anos de idade ou mais.

"Essa população já tinha o maior peso no mercado de trabalho. A participação deles aumentou devido ao crescimento dessa faixa etária como um todo", afirma Maria Lucia Vieira, gerente da Pnad.

O maior percentual de aumento foi registrado na faixa de 50 a 59 anos com 5%. Em 2009, eles eram 12.723 milhões de empregados e passaram para 13.354 milhões em 2011. Em seguida estão os trabalhadores entre 30 e 38 anos com um crescimento de 3,8%, de 22.849 milhões para 23.725 milhões. Por último aparece a faixa etária entre 40 e 49 anos com 1,7%, de 19.850 milhões para 20.192 milhões.
"O mercado de trabalho não mudou. O aumento de pessoas ocupadas nessa faixa etária reflete o envelhecimento da população”, diz Maria Lucia.

Segundo ela, o aumento das pessoas residentes com mais de 30 anos também tem relação com o crescimento do número de trabalhadores com idade entre 30 e 59 anos. “A população residente de 20 a 24 anos caiu 2,8%, mas entre 25 e 39 anos aumentou 2,3%, e de 40 a 59 anos subiu 4,4%. Quanto maior a idade, maior o percentual de representatividade no mercado de trabalho”, ressalta.

Queda entre 20 e 29 anos
Por outro lado, a faixa etária de 20 a 29 anos apresentou queda de 1,8%, passando de 23.436 milhões de trabalhadores em 2009 para 23.004 milhões em 2011.

A maior redução foi registrada entre os jovens de 20 a 24 anos com recuo de 2,7%, passando de 11.035 milhões para 10.734 milhões. Já entre 25 a 29 anos a queda foi de 1,1%, de 12.401 milhões para 12.270 milhões.

“Como a taxa de fecundidade vem se mantendo estável, a queda nas faixas etárias mais baixas já era esperada”, reitera Maria Lucia.

Volta ao mercado
Depois de ficar 7 anos fora do mercado de trabalho, Denise Boaventura, de 45 anos, voltou a atuar em sua área em dezembro de 2009. Formada em administração de empresas, atualmente ela é analista de recursos humanos na seguradora Tokio Marine, em São Paulo.

Ela deixou o emprego em uma multinacional italiana para abrir um escritório de arquitetura e decoração em 2004. "Resolvi encarar esse desafio e ter meu próprio negócio", conta. Mas com a sua gravidez em 2006 e com o declínio do negócio, ela começou a buscar uma nova oportunidade no mercado.

Denise participou de 7 processos seletivos antes de conseguir sua vaga. A recolocação aconteceu pelo networking. "Mantive o contato com antigos colegas e fui indicada por um ex-chefe", lembra.

Agora, prestes a completar 3 anos de casa ela já planejou seu futuro. "Quero continuar aqui e me aposentar", ressalta.