A família da jovem Bárbara Regina ficou surpresa com a posição da Polícia Civil em divulgar as fotos do principal suspeito no misterioso desaparecimento ocorrido no último dia 1º. O temor dos parentes de Bárbara é que, com a divulgação das fotos, Otávio Cardoso desapareça e não haja um esclarecimento do caso.
Segundo a tia de Bárbara Regina, Rosângela Leite, o delegado responsável pelo caso, Antônio Nunes, teria pedido segredo a família sobre o nome do suspeito e que as imagens só seriam divulgadas, após a prisão dele.
“Nós não esperávamos que essas fotos fossem publicadas agora, até porque a polícia pediu segredo. Apesar da gente esperar justiça, o que mais queremos, é que esse rapaz, se tiver amor a alguma coisa, a família, pelo menos diga onde a minha sobrinha está. Se estiver viva, a gente vai buscar, se estiver morta, nós queremos enterrar. É o mínimo que temos direito”, afirmou.
Questionada se o caso estaria entrando numa reta final e a família, consequentemente, mais tranquila quanto o rumo das investigações, a tia mostrou um sentimento contrário. “Esse caso não está no final. Ainda falta muita coisa, inclusive prender esse homem. Essa divulgação de imagens só aumentou a nossa angustia, porque o acusado vai continuar fugindo e as informações não chegam para a gente”, disse.
Por outro lado, a avó da jovem, Tereza de Jesus Araújo, foi mais taxativa quanto à situação do caso e ameaça protestar em frente ao palácio do governo, se nos próximos dias o acusado não for capturado.
“Se até o dia 30 esse rapaz não for preso, nós iremos protestar, um grupo de mais ou menos 500 pessoas, em frente ao palácio pedindo solução. A polícia parece que está atrapalhada, porque pediram segredo, nós fizemos, disseram que só divulgariam as fotos quando ele fosse preso e nada. Quem é esse rapaz, porque a polícia não pegou ainda. Se não prenderem esse homem, iremos fazer barulho no centro de Maceió e se precisar, vamos até Brasília”, afirmou.
Segundo a família, o suspeito Otávio Cardoso não era do convívio de Bárbara, mas era conhecido de seus amigos. Mas, desde o início da investigação, os próprios familiares já sabiam o nome do acusado e teriam levado as pistas prontas para o delegado Antônio Nunes, que seguiu esta linha de investigação.










