Um dos principais responsáveis pela eliminação do Corinthians na fase preliminar da Copa Libertadores da América em 2011, Wilder Medina foi despedido do Tolima. Na quarta-feira, o presidente do clube colombiano, Gabriel Camargo, informou que a decisão se deve porque o atacante testou positivo para cocaína em um exame antidoping realizado pela entidade.

"Nós temos mais que resolvida nossa parte legal com Medina. Para a dispensa há uma justa causa", disse Camargo, em entrevista. Ele se definiu muito decepcionado com a situação, pois avalia que sempre tratou de apoiar o jogador, que em setembro de 2011 havia sido suspenso por um ano após ser pego em outro exame, por uso de maconha. O dirigente ainda informou que o atacante deixava o clube devendo dinheiro.

Medina, no entanto, negou que já tivesse recebido alguma notificação sobre o assunto. Ele manifestou que tinha interesse em voltar aos gramados vestindo o uniforme do Tolima.
"(Camargo) jamais me entregou uma carta de despedida nem meus direitos esportivos.

Parece-me uma falta de ética o que está fazendo, dizendo que ninguém me contratará e que devo ir a um centro de reabilitação, ele não vai me atropelar dessa forma. Eu amo o Tolima, apoiaram-me em um momento tão difícil e não lhes quero dar as costas, quero agradecer-lhes pelo que fizeram por mim", disse o jogador, que convocou uma entrevista para esta quinta na qual falará mais sobre a polêmica.

Medina, 31 anos, viveu grande fase em 2010, quando marcou 16 gols para ser o artilheiro do Torneo Finalización do Campeonato Colombiano, do qual o Tolima foi vice-campeão. Em 2 de fevereiro de 2011, marcou o segundo gol da vitória por 2 a 0 sobre o Corinthians, no Estádio Manuel Murillo Toro, em Ibagué.

O resultado, ocorrido após o empate sem gols na partida de ida, no Estádio do Pacaembu, em São Paulo, eliminou o clube brasileiro na fase prévia da Libertadores e garantiu a classificação do representante colombiano à fase de grupos. O Tolima se despediria ao ficar na terceira colocação do Grupo 7, atrás de Cruzeiro e Estudiantes e à frente do Guaraní, do Paraguai.