Cristina Labouriau é diretora da Hemir, empresa que presta serviços de refrigeração e isolamento térmico em embarcações. Ela participa da Rodada de Negócios na Rio Oil & Gas, promovida pelo Sebrae, Petrobras e Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip). A executiva tem reuniões marcadas com a finlandesa Wärtsilä, a Norskandof, empresa brasileira pertencente ao grupo norueguês DOF ASA, gigantes do setor com operações em vários países e o Estaleiro do Brasil.

“Sempre participo das rodadas a fim de procurar empresas que me forneçam tecnologia para adequação ao conteúdo local e também que complemente nossos serviços”, afirma a executiva. Cristina também é associada da Rede Petro Leste Fluminense, iniciativa apoiada pelo Sebrae que qualifica empresas para fornecimento de produtos e serviços para as operadoras do setor. O diretor de planejamento da Hemir, Antonio Carvalho avalia as rodadas como o pontapé inicial para se iniciar um negócio. “Nos ajudam muito, pois nos possibilita encurtar caminhos e focar mais no resultado final”, disse.

As Rodadas de Negócios aproximam os grandes players do setor de fornecedores locais de bens e serviços. Somente durante a Rio Oil & Gas, já foram confirmados 1.120 encontros, que acontecerão até quinta-feira (20), com expectativa de geração de R$ 185 milhões.

Desde 2005, por meio do convênio entre o Sebrae e a Petrobras, já foram realizadas mais de cem Rodadas de Negócios com R$ 4,5 bilhões em negócios fechados. Na última edição da Rio Oil & Gas, o saldo foi de R$ 176 milhões com a participação de 27 empresas-âncoras e 207 ofertantes.

Um exemplo de como as rodadas beneficiam as empresas participantes é o relacionamento estabelecido durante a Rio Oil & Gas 2012 entre a Evolução Clínica & Consultoria, que implanta políticas de combate ao alcoolismo e as drogas nas empresas, e a Eccoair, que fornece sistemas de ventilação para ambientes confinados.

Os diretores da Evolução, Silene Barreto, e da Eccoair, Augusto César, descobriram que podem ser parceiros antes mesmo de serem chamados para a apresentarem seus negócios durante a Rodada. “Como a gente trabalha para dar ao funcionário condições de conforto térmico, acredito que podemos nos ajudar porque os trabalhadores de plataformas vivem em locais fechados, longe da família e estão sujeitos a procurar meios de fuga para superar o estresse cotidiano”, afirma César.