Christopher Ward tinha 24 anos quando conseguiu subir ao palco com a banda da qual era fã, os Ramones. O baixista não só realizou um "sonho de punk" como se tornou, de 1989 até o fim do grupo, em 1996, membro "rebatizado" como CJ Ramone. Mais jovem do que os outros integrantes, ele deu energia à banda já desgastada. "Sei que para eles não era tão divertido quanto para mim", lembra em entrevista por telefone ao G1.

CJ traz ao Brasil a turnê do álbum "Reconquista" (2012), em que pretende "colocar de volta a atenção na música" dos Ramones. No período em que CJ esteve na banda, os falecidos líderes - o vocalista Joey e o guitarrista Johnny - eram notórios inimigos nos bastidores. O cantor nunca perdoou o companheiro por se casar com sua ex-namorada, Linda.

Um dos poucos episódios que deu ânimo aos Ramones no final da carreira foi descobrir, nos anos 90, a força que tinha na América do Sul, maior até do que nos EUA. "Foi uma relação única. As pessoas entenderam a música, a mensagem e a energia de uma maneira diferente de outros lugares", garante CJ.