Projeto do APL Mandioca contempla casas de farinha do agreste alagoano

17/09/2012 14:04 - Maceió
Por Redação

Integrante do Programa de Arranjos Produtivos Locais (PAPL), coordenado pelo Governo de Estado através da Secretaria do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande), o Arranjo Produtivo Local (APL) Mandioca Agreste Alagoano vai apresentar a segunda fase de um projeto para casas de farinha nesta terça-feira (18), no Palácio República dos Palmares. Na ocasião, o Conselho Estadual de Desenvolvimento da Agricultura Familiar e Reforma Agrária (Cedafra) vai decidir se libera recursos para a eficientização energética em fornos de casas de farinha e implantação dos chamados poços amazonas.

Previamente aprovado em primeira instância pelo Colegiado de Desenvolvimento Territorial (Codeter) do Agreste de Alagoas, se liberado pelo Cedafra, o projeto vai beneficiar indiretamente cerca de 2.700 famílias só com os novos fornos e outras 2.000 com os poços. Segundo o Gestor do APL mandioca, Nelson Vieira, duas comunidades terão quatro poços amazonas instalados em duas casas de farinha.

“Conseguir o recurso para implantação desses dois poços é de extrema importância para essas comunidades. Além de melhorar significativamente a higienização na própria estrutura da casa de farinha eles também vão disponibilizar água potável para consumo próprio, atendendo ao produtor no seu trabalho e em casa”, explicou Nelson.

Dentro do escopo do projeto também consta a reforma de 30 fornos a lenha em 18 casas de farinha em nove municípios do agreste alagoano. Utilizando a eficientização energética a prática vai reduzir o consumo de lenha em 50% nos fornos, mas continuará preservando a linha de produção anterior. “Além de promover a economia de despesas, já que o consumo de lenha será cortado pela metade, temos também o viés ambiental, preservando a caatinga no Estado”, ressaltou.

Outro ponto importante da reforma dos poços é que seu novo design vai poupar que os operadores das casas de farinha fiquem vulneráveis à fumaça gerada diariamente no ambiente. “Esse é um ponto muito importante, porque durante muitos anos esses fornos foram projetados sem considerar os problemas que os efeitos colaterais provenientes dessa prática poderia gerar nesses produtores. Agora estamos priorizando a saúde dessas pessoas”, declarou Nelson.

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