O laudo pericial feito na criança de oito meses, que teria sido abusada sexualmente em Novo Lino, deve ser alterado. Isso porque, depois de toda a repercussão do caso, que colocou o pai como principal suspeito de vulnerar a criança, o novo documento pode mostrar que não houve abuso.

De acordo com o diretor do Instituto Médico Legal (IML), Luiz Mansur, a alteração já foi feita, o laudo concluído e deve se entregue ao delegado responsável pela investigação, Silvio Costa, da delegacia de Novo Lino, para que seja dada continuidade ao processo.

“O perito se atém ao fato de ter ou não o abuso. Essa alteração mostra algumas coisas diferentes do primeiro laudo, e mesmo que não tenha sido consumado o ato, não está afastada a possibilidade de tentativa”, disse.

No primeiro laudo, assinado pelo médico legista, Gerson Odilon, ex-diretor do IML, apontava uma lesão no ânus da criança, que gerou um sério problema no intestino, além de várias costelas quebradas e que havia sido detectada uma quantidade de espermatozóide, que será levado para análise para um exame de DNA.

O CASO

No último dia 4 de setembro, uma bebê de apenas oito meses deu entrada no Hospital do Açucar, com sinais de abuso sexual. A criança teve lesões no ânus, no intestino, onze costelas quebras e uma secreção que aparentava ser esperma.

O pai da criança era o principal acusado do ato. Porém, o mesmo, assim como a mãe, prestaram depoimento e confirmaram que as lesões foram em decorrência de uma queda e que a criança passava muito tempo na casa de vizinhos.

O delegado Silvio Costa continua ouvindo testemunhas e aguarda a entrega do laudo final, para dar sequencia a investigação. A criança continua se recuperando e está sob a guarda do Conselho Tutelar.