Como já era esperado, o prefeito Cícero Almeida (de ida para o PSD) retornou ao guia do candidato a prefeito Ronaldo Lessa (PDT), após sair do PEN para se livrar da proibição da Justiça, ao ser provocada pela coligação do deputado federal e também candidato Rui Palmeira (PSDB).
A equipe de Lessa soube usar Cícero Almeida para fazer a ligação entre o candidato Rui Palmeira e o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), esperando que isto se traduza em votos e não permita que a eleição seja encerrada em primeiro turno, diante do crescimento de Palmeira nas pesquisas.
Almeida abriu o guia de Lessa afirmando que “estava de volta por vontade da população”. Ao falar sobre os responsáveis de ter lhe tirado da campanha, Almeida culpou Teotonio Vilela Filho, relembrando que ajudou a elegê-lo em 2010 e não teve o tratamento merecido após campanha. Almeida ainda atacou Benedito de Lira (PP), o senador que - na visão de Almeida - cometeu o erro de se juntar a Vilela.
Por fim, fez a ligação entre os dois - Vilela e Lira - e o candidato tucano Rui Palmeira. Disse ainda que não teve apoio do governador e fez de si mesmo o que adora fazer: o papel de vítima diante dos supostos poderosos, como se do outro lado da campanha não existissem caciques como os senadores Fernando Collor de Mello (PTB) e Renan Calheiros (PMDB). Ambos com influência em muitos bastidores.
Cícero Almeida cumpre o papel esperado. O programa de Lessa ainda disse que ele- o prefeito - é alvo de ações na Justiça porque ninguém o quer falando com o povo. Indaga-se: e a máfia do lixo? E outras ações do MP? E a Operação Taturana? Almeida, o perseguido, vestiu a camisa de vítima no programa de Lessa para ajudar a eleger o pedetista. Resta saber se o resultado será o esperado.
O ataque a Vilela - evidentemente - faz parte desta estratégia. Mas, Almeida ainda foi além: criticou duramente a atividade parlamentar de Rui Palmeira, afirmando que este não trouxe um centavo para Maceió enquanto parlamentar federal. Esta será a estratégia lessista: partir para o ataque. Enquanto isto, se busca o registro da candidatura de Lessa junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
De acordo com sua assessoria, ele segue candidato. Não procede - afirmam os assessores - a informação de uma substituição por Fernando Collor de Mello na disputa pela Prefeitura de Maceió.
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