Representantes dos policiais federais (escrivães, papilocopistas e agentes da PF) foram à Câmara Municipal de Maceió - isto mesmo! - pedir ajuda no processo da greve em Alagoas.
A pauta é nacional (assim como a mobilização) e pedem a reestruturação da carreira, equiparação salarial a cargos como auditor da Receita Federal e de oficial da Agência Brasileira da Inteligência (Abin) e realização de novos concursos públicos.
De acordo com informações da imprensa nacional, a categoria já havia rejeitado o reajuste salarial proposto pelo governo de 15,8%, o mesmo percentual oferecido, e aceito, pela grande maioria dos servidores públicos federais.
Os agentes falam em “carreira única” estabelecida na Constituição Federal, como destaca o ex-presidente do sindicato da categoria, Jorge Venerando. Acusam ainda os delegados de quererem criar uma carreira apartada. “Queremos uma PF do povo e de não governo nenhum. Uma polícia democrática e dentro da lei”, destacou Venerando.
“A PF pode sofrer algo extremamente forte depois desta greve. O clima é difícil”, disse ainda Venerando. Conforme sindicalistas, a carreira única está fundamentada no decreto de número 2.251/85 e mais precisamente no parágrafo primeiro do artigo 144 da Constituição Federal. A implantação disto passa a ser uma briga da categoria.
Os sindicalistas foram recebidos pelos vereadores e ainda ganharam o direito ao uso da tribuna legislativa. Ocupar espaço com palavra na Câmara, evidentemente, abre espaço para o diálogo com a sociedade e visibilidade do pleito da categoria. Mas, para além disso...
O que aumenta a preocupação com a greve é justamente pelo momento eleitoral. Como ressalta a vereadora Heloísa Helena (PSOL): “já se sabe da safadeza e da compra de votos que se dá com a Polícia Federal atuando e reprimindo, imagine sem ela nas ruas. Sabemos que eles vão trabalhar no dia da eleição, mas não é só o dia. É preciso que o Governo Federal abra as negociações já e saia do seu pedestal”.
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