Conselheiros Gestores da Área de Proteção Ambiental (APA) de Murici estiveram reunidos hoje (12) pela manhã. Eles assistiram a apresentação de um estudo sobre a distribuição geográfica dos fragmentos florestais em que a equipe da Diretoria de Unidades de Conservação do Instituto do Meio Ambiente (IMA) mostrou que a Mata Atlântica possui a menor porcentagem de ocupação do solo na área. E entre os encaminhamentos, foi decidido que haverá, em outubro, uma reunião para discutir os impactos da duplicação da BR 101.

O estudo, intitulado Mapeamento dos Remanescentes Florestais na Área de Proteção Ambiental de Murici – Auxiliado por Imagens Orbitais, tem entre os objetivos: identificar fragmentos remanescentes de floresta ambrófila; criar um mapa da vegetação; e facilitar a fiscalização. A partir de imagens de satélites, a equipe da Gerência de Geoprocessamento (Geop) pôde identificar a ocupação do solo em três diferentes categorias.

Dessa forma, os resultados mostram que os remanescentes florestais ocupam 32,4% da Área; enquanto a agropecuária – englobando áreas de pasto e cana-de-açúcar – está em 34,46% e o solo exposto e/ou em preparo para o cultivo está presente em 33,50%. Dentro da APA, a distribuição geográfica dos fragmentos florestais é considerada dispersa e em pequenas expressões territoriais. Outros itens, como a exploração mineral, farão parte de futuros estudos que também deverão especificar a cobertura do solo em cada município.

“Os resultados desse trabalho poderão ser acrescidos e ampliados, a partir desse outros poderão ser feitos. É importante até para o planejamento municipal e orientação do uso e ocupação de cada lugar”, comentou Alex Nazário, diretor de Unidades de Conservação do IMA. Os Conselheiros que estavam presentes na reunião ainda propuseram fazer a sobreposição de outros mapas, com novas informações, para se ter o desenho da área com mais detalhes.

Além disso, os Conselheiros Gestores devem realizar em outubro uma reunião com a empresa responsável pela duplicação da BR 101 para discutir os impactos da obra. A reunião foi coordenada pela chefia da APA, ligada ao IMA, junto com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente Recursos Hídricos (Semarh). Participaram também representantes do Batalhão de Polícia Ambiental, Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e prefeituras de Messias e união dos Palmares.

Outros estudos
A Geop também desenvolve o estudo: Utilização de SIG para a Análise do Estado de Conservação das APPs das Bacias Hidrográficas na Área Urbana de Maceió. Os dois serão apresentados no VI Simpósio regional de Geoprocessamento e sensoriamento Remoto (Geonordeste), evento técnico-científico bienal que será realizado pela Universidade Federal de Sergipe (Ufs) e Embrapa Tabuleiros Costeiros, em Aracaju, de 26 a 30 de novembro.

Os dois trabalhos foram desenvolvidos por Antonio José Pereira Almeida, Alex Nazário Silva Oliveira, Esdras de Lima Andrade; Marco Diniz do Nascimento e Kleyton Alysson da Silva Tavares.