A vereadora Silvânia Barbosa (PPS) se revoltou - na Câmara Municipal de Maceió - com o rolo compressor da bancada do prefeito Cícero Almeida (de ida para o PSD) que manteve os vetos a cinco projetos de lei de edis maceioenses.
Foram votados cinco vetos: ao projeto que proíbe comercialização de armas de brinquedo na capital alagoana, que versa sobre banheiros em agências bancárias, regula a atividade de flanelinha, autoriza a criação da papelaria do povo e veda a cobrança do valor do boleto em contas enviadas para pagamentos.
Por 15 a 5 os vetos foram mantidos (em votação secreta!) por orientação do líder da bancada almeidista, o vereador Sílvio Camelo (PV). Se posicionaram na tribuna contrárias aos vetos as vereadores Tereza Nelma (PSDB), Heloísa Helena (PSOL) e Silvânia Barbosa, que demonstrou - segundo ela mesmo - “repúdio ao prefeito que ligou para a bancada - um a um - orientado a manutenção do veto”.
“Agradeço aos colegas vereadores que votaram pela derrubada. É triste ver projetos que são pensados em benefício à sociedade sejam derrubados por manobra de bancada sob o argumento da inconstitucionalidade. Inconstitucional é faltar medicamento, insulina nos postos de saúde, como faltam”, frisou.
Barbosa ainda complementou o protesto: “este é o prefeito que diz que ama Maceió? Deixa-me triste este tipo de ação de bancada. Esta não é a atitude de quem diz amar a capital alagoana. É uma vergonha se gastar ligação com vereador mandando derrubar veto. Ninguém aqui brinca de fazer projeto. Agora, faltar medicamento para o prefeito é normal. Fica meu repúdio contra o Executivo”, sentenciou.
Heloísa Helena (PSOL) também demonstrou revolta. “Eu também quero deixar registrado meu protesto, minha tristeza e meu lamento. Pois, já houve projetos aqui que foram vetados - mesmo viáveis - de forma irresponsável, sendo manobrado pela velha forma de fazer política. Os vetos hoje não foram em relação aos meus projetos, mas já sofri com isso, inclusive com emendas para o orçamento, depois de termos ouvido nesta casa pessoas. Mas, na hora de votar estes projetos não são votados. O problema é de falta de vontade política para viabilizar ações importantes para a população de uma forma geral”, colocou a psolista.
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