Após 12 anos, menina reencontra pai em prova ciclística

11/09/2012 08:10 - Minuto Esportes
Por Redação
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A passagem da ciclista Isabela Dourado pelas Olimpíadas Escolares, em Poços de Caldas (MG), ficou marcada por alegrias e fortes emoções. Como se não bastassem as conquistas de duas medalhas de ouro, no contrarrelógio e no ciclismo de estrada, e ainda um bronze, no critério, a menina de 14 anos experimentou uma das maiores surpresas da sua vida. Após 12 anos, ela reencontrou o pai, Josmar, que veio prestigiá-la na competição. Natural de São Paulo, ela trocou a terra da garoa aos oito meses de idade para viver com os avós em Campina Grande, na Paraíba, já que os pais não tinham condições de sustentá-la.

- Foi uma grande emoção reencontrar o meu pai, ele apareceu na última hora, não o via desde os dois anos, quando fui passear em São Paulo. Na época, senti falta dos meus avós, já estava apegada a eles e fiquei doente, com febre. Minha mãe, meu irmãos, meus tios e primos também vieram me visitar, mas chegaram no sábado. Não tenho muita afinidade com os meus pais biológicos, eles me ligam em datas especiais. A última vez que eu vi o meu irmão, Renan, foi há sete anos, mas nos falamos pelas redes sociais.

A aluna do Colégio Virginius da Gama e Melo deu o pontapé inicial na carreira por influência do avô, que competia em campeonatos de ciclismo na Paraíba. A atleta considera os avós, Aramy Pereira e Lena, os seus verdadeiros pais.

- Os meus pais de criação são a minha vida, se não fosse por eles, não estaria aqui. Sempre gostei de esportes com bola, mas meu pai me incentivava muito a seguir a carreira dele. A gente costuma passear em Campina de bicicleta, ele é o meu técnico. Treino uma hora por dia, de domingo a sexta-feira. Em Minas, eu conquistei um sonho dele. A última prova foi desgastante, mas não parei de pensar nele. Poucos metros antes da linha de chegada eu gritei: "essa medalha é minha" - lembrou.

O próximo grande desafio de Isabela será o Sul-Americano Escolar, que será realizado no Brasil, de 29 de novembro a 6 de dezembro.

- Agora é pensar nas próximas competições, focar nos treinos e controlar a ansiedade. Eu não tenho um sonho de vida, mas ser atleta está me trazendo muitas felicidades e é o que eu quero continuar fazendo no momento - finalizou.
 

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