Pais têm que brigar na Justiça por guarda de bebê que sofreu abuso

10/09/2012 07:34 - Interior
Por Redação
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Os pais do bebê de oito meses, que está internado em Maceió desde a semana passada após ser vítima de abuso sexual, terão que ir à Justiça para tentar reaver a guarda da criança. Isto porque a partir de agora, ele ficará sob a tutela do Conselho Tutelar e os genitores não serão mais responsáveis pelo menor. O pai é apontado como o principal suspeito do abuso sexual.

O conselheiro tutelar da III e IV Regiões, Rafael Martiniano, que está à frente do caso, informou ao CadaMinuto que o bebê só será devolvido aos pais diante de uma decisão judicial. “Se Deus quiser o bebê sairá do UTI. No entanto, nesse primeiro momento, os pais não terão autorização de levá-lo para a casa. Entregaremos a criança ao Conselho de Novo Lino para que as medidas necessárias sejam adotadas”, esclareceu.

A criança segue em estado grave internada no Hospital do Açúcar, apesar de todo trabalho e atenção da equipe médica. As fraturas das costelas ocasionaram insuficiência respiratória e de acordo com a assessoria de comunicação da unidade médica, ele segue sedado e entubado, respirando com a ajuda de aparelhos internado na Unidade Pediátrica de Terapia Intensiva, sem previsão de alta.

O bebê deu entrada no dia 30 de agosto no Hospital Geral do Estado (HGE) e os relatos do pai apontavam que o ‘acidente’ com a criança teria acontecido quando ela engatinhava e acabou caindo. Apenas o pai estava com o bebê no momento de sua suposta queda, já que a mãe não estava em casa.

Ainda no HGE, os médicos constataram que parte do intestino da criança saiu pelo ânus além de uma secreção que havia no organismo, que foi retirada para análise. O laudo apontou que foi encontrado sêmen na criança, o que comprova que ela sofreu abuso sexual. Além disso, o bebê apresentava diversas fraturas o que ocasionou a insuficiência respiratória, agravando ainda mais seu estado de saúde.

O crime aconteceu em Novo Lino, há quase semanas, e chocou toda população da região. O delegado da cidade, Silvio Costa, começou o trabalho de investigação e já ouviu os pais da criança. Na ocasião do depoimento, o pai negou a autoria do crime e tentou justificar ao delegado que a criança costuma dormir na casa de outras pessoas da cidade. Sobre a declaração, Silvio Costa disse que realizará diligências nestas residências para averiguar a informação.

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