Cerca de dez meses após a morte do ex-jogador e treinador galês Gary Speed, os pais da vítima falaram pela primeira vez, no domingo. Ainda inconformada com o ocorrido - o ex-atleta se suicidou dentro de casa -, Carol Speed, mãe de Gary, culpou o futebol pela morte do filho e ainda afirmou que se ele tivesse seguido os conselhos de trabalhar como carteiro, nada disso teria acontecido.

"Queria que ele fosse carteiro", afirmou Carol ao jornal britânico Daily Mail, antes de completar, dizendo que caso ele tivesse seguido a profissão que ela gostaria, certamente não teria se suicidado.

Ex-jogador do País de Gales, Gary Speed tinha 42 anos e era técnico da seleção de seu país quando foi encontrado morto dentro de casa, com suspeitas de ter se enforcado.
Após ter atuado em diversas equipes ingleses como Leeds United, Everton e Newcastle, Speed virou treinador em 2010, quando decidiu abandonar os campos e comandar um de seus ex-clubes, o Sheffield United. Ele assumiu a seleção do País de Gales em fevereiro de 2011 e comandou a equipe por dez jogos antes de se suicidar, em novembro do mesmo ano.

"Tudo tem sido horroroso", afirmou a mãe do ex-jogador, que ainda relatou que, como Gary era um "homem privado" e com uma "boa vida", continua procurando motivos para ele ter decidido se matar.

Se Carol permanece inconformada, Roger, pai de Speed, tem procurado nos netos, filhos do ex-jogador, o conforto pela perda do ente. O senhor levou Ed, 15 anos, e Tommy, 14, ao futebol e vem tendo os esforços recompensados, uma vez que o garoto mais velho já atua pela seleção galesa sub-16.

Ex-jogador do Liverpool e Manchester City e atualmente no Cardiff City, o galês Craig Bellamy é outro que tem sentido muito a perda de Speed. Neste domingo, em declaração ao jornal Sunday Mirror, o atleta de 33 anos declarou que perder o melhor amigo afetou tanto a vida que ele se divorciou da mulher, com quem tem três filhos e era casado há seis anos.