A trajetória política do prefeito de Maceió, Cícero Almeida (por enquanto ainda no PEN), pode ser analisada pelos mais diversos ângulos. O fenômeno popular que o fez sair do cargo de vereador e alcançar a Prefeitura Municipal de Maceió; a forma como abriu mão - ao escutar a voz Deus (segundo ele mesmo!!!) - da disputa pelo Governo do Estado e depois apoiou o tucano Teotonio Vilela Filho (PSDB); a inabilidade para construir o sucessor e até mesmo a forma como se engaja na campanha de Ronaldo Lessa (PDT) na disputa pela Prefeitura Municipal de Maceió.

Mas, Almeida - nestes anos que se passaram - também abriu espaço para uma outra análise: a forma como pulou de galho em galho em sua vida política. Seja no partido, seja com os ditos amigos de sempre e de toda hora em amizades que duraram - algumas vezes - menos tempo que o previsto.

Não é uma questão de agora. Que o diga o próprio PDT que já teve Almeida em seus quadros. Que o diga o próprio ex-governador Ronaldo Lessa que já teve Almeida como adversário.

DO PDT para o PP de Benedito de Lira. O senador com que Almeida ficou ressentido - segundo bastidores - ao se sentir preso entre os “progressistas”. Foi para o PEN, mas não conseguiu a tal liberdade e hoje - por uma decisão na Justiça atendendo aos interesses tucanos - está fora do programa eleitoral. Costura sua chegada no PSD que é comandado por João Lyra - com quem Almeida já teve uma amizade estilo sanfona: se aproxima, se afasta, se aproxima...

O PSD está na coligação de Lessa, o que permitiria uma maior participação do prefeito na campanha em momento tão crucial, quando em função de pesquisas novamente se discute os destinos do pedetista no pleito, que ainda briga para ter o registro de candidatura. As mudanças de Almeida - desta vez - não é por intervenção divina, mas pelo pragmatismo eleitoral. A associação de imagens; a transferência de votos...que calculam os especialistas como fundamental.

Almeida coleciona amigos desfeitos, mas traz sempre novos amigos. Nesta jornada, sempre foi solitário, sem consolidar qualquer tipo de grupo político, o que favoreceu as mudanças de galho em galho, evidentemente. Se Almeida tem alguma perspectiva para 2014, sua própria história mostra que deste jeito fica difícil. Como é complicado jogar xadrez para quem só alcança as regras das damas? Seria isso...

Almeida deveria cantar Cazuza: “Ideologiaaaaa, eu quero uma para viver!” 

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