Ações da Rede Cegonha contribuem para investigação de óbitos maternos

06/09/2012 21:28 - Maceió
Por Redação

Recursos para investimentos e custeio e novos exames de pré-natal foram algumas das ações que a 1ª e a 7ª Regiões de Saúde de Alagoas conquistaram com a adesão ao programa Rede Cegonha, do governo federal. As ações representam iniciativas para redução da mortalidade materno-infantil no Estado, segundo afirmaram técnicos do Ministério da Saúde (MS), nesta quarta-feira (5), durante videoconferência assistida por técnicos da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), no Núcleo de Videoconferência do Hemocentro de Alagoas (Hemoal).

Durante a teleconferência, foi apresentada a situação do plano de ação da Rede Cegonha no Estado, que, segundo a coordenadora estadual do programa, Syrlene Patriota, está na fase de implantação dos testes rápidos de HIV e sífilis, além do Sisprenatal-web e aparelhos de emissão otoacústica. Quanto aos investimentos para reforma e ampliação da Maternidade Escola Santa Mônica, ela informou que a Sesau está em processo de contratação com a Caixa Econômica Federal (CEF).

“Nosso objetivo é finalizar o processo de adesão das demais Regiões de Saúde ainda em 2012. Assim, a programação para o próximo ano será voltada para o monitoramento da rede em todo o Estado e a realização das capacitações programadas nos planos de ação”, esclareceu Syrlene Patriota. Ainda sobre as ações da Rede Cegonha, os leitos programados receberam as parcelas da competência de junho e julho de 2012, além do custeio de novos exames de pré-natal de maio a abril de 2012.

“Está em processo de contratação o incentivo do Promater, e a Sesau já disponibiliza para as unidades hospitalares uma série de serviços para assistência à mulher em situação de aborto, feto morto e indução do parto. Estamos trabalhando ativamente para que todas as ações da rede Cegonha sejam efetivamente realizadas nos municípios que já integram o programa”, destacou Syrlene Patriota.

Vigilância do óbito

A gerente do Núcleo de Vigilância do Óbito da Sesau, Rosalva Yanes, apresentou a situação do encerramento das investigações de óbitos maternos e de mulheres em idade fértil (MIF) notificados em 2011 nos municípios alagoanos. Dos 28 óbitos maternos registrados em 19 municípios, 24 foram investigados – o que representa 85,7%. No mesmo período foram investigados 768 óbitos (62,9%) dos óbitos de MIF dos 1221 registrados.

Das investigações de óbitos de MIF, 27 municípios alagoanos registraram percentual de investigação abaixo de 60% e 13 municípios não apresentam registro de investigação. Em relação aos óbitos maternos registrados, Rio Largo, Porto Calvo e Feira Grande não investigaram os óbitos. Em relação às Regiões de Saúde, a 1ª, 4ª e 6ª registraram percentual de investigação de óbito de MIF abaixo dos 60%.

“Para agilizar o encerramento das investigações de óbitos maternos em 2011, foram realizadas atualizações em vigilância de óbitos e monitoramento oportuno para técnicos municipais e estaduais, bem como a realização de assessorias, oficinas in loco e contatos telefônicos”, explicou Rosalva Yanes. Ainda durante a teleconferência, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, parabenizou Alagoas pelo esforço desempenhado para diminuir a mortalidade materno-infantil. “Os resultados alcançados por Alagoas perante os indicadores de mortalidade materna e infantil são extremamente positivos”, enfatizou.

Participaram da videoconferência, assistida na sede do Hemocentro de Alagoas (Hemoal), a superintendente de Vigilância em Saúde, Sandra Canuto; a coordenadora estadual da Rede Cegonha, Syrlene Patriota; a gerente do Núcleo de Vigilância do Óbito da Sesau, Rosalva Yanes; a assessora técnica do gabinete da Sesau, Júlia Levino; a assessora técnica da Superintendência de Vigilância em Saúde, Graça Correia; e coordenadora municipal da Rede Cegonha, Lusitânia Barros.

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