O ex-atacante e deputado federal Romário voltou a usar a sua conta no Facebook para fazer ataques diretos ao técnico da seleção brasileira, Mano Menezes.

No último dia 22, Romário havia insinuado que a lista da equipe brasileira para os Jogos Olímpicos de Londres não obedeceu critérios técnicos. "Você [Mano] convocou mal, por interesses dúbios, levando Hulk em cima da hora e deixando David Luiz [fora]."

Desta vez também sem apresentar provas, o ex-jogador da seleção aproveitou como gancho a venda de Hulk do Porto para o Zenit, da Rússia, por mais de R$ 140 milhões. E ainda a convocação do goleiro Cássio, do Corinthians.

A assessoria da CBF informou que não vai se pronunciar sobre as opiniões de Romário.

"Vou voltar num assunto só para não passar em branco. Sobre a última convocação do Mano, mais um exemplo de que dentro da seleção está havendo um cartel nas convocações, muitos estão enriquecendo ilicitamente. Espero que sem o conhecimento do presidente José Maria Marin e do vice Marco Polo Del Nero. Casos recentes como a convocação do Hulk para as Olimpíadas e, logo em seguida, a realização de uma das transferências mais caras da história do futebol. O jogador saiu do Porto, de Portugal, para o Zenit, da Rússia, por 55 milhões de euros (R$ 140,8 milhões)", escreveu o deputado.

"E, agora, o goleiro do Corinthians, que tem seus direitos econômicos ligados a pessoas da Confederação Brasileira de Futebol, após a convocação e alguns jogos pela seleção, se já não foi, será vendido para o Roma. Quem leva?"

O Corinthians negou que o goleiro titular de Tite está negociando com a equipe italiana. Após a conquista da Libertadores, o Corinthians negociou os zagueiros Leandro Castán e o Marquinhos com a Roma. Revelado nas categorias de base do time paulista, o lateral esquerdo Dodô também se transferiu para o time italiano.

No último parágrafo, Romário ainda cita o ministro do Esporte para cobrar mais da CBF.

"Uma instituição como a CBF, que se diz privada, mas é isenta de impostos federais, não vou dizer que precisa de uma intervenção federal, mas já está mais que na hora de passar por uma auditoria. Grande ministro Aldo Rebelo, o povo brasileiro não merece isso. O Sr. ainda é um dos poucos políticos sérios que conheço, nos ajude a acabar com essa sacanagem."

Mano e a CBF ainda não se pronunciaram sobre o novo ataque de Romário.

PRIMEIRA RESPOSTA

Na primeira acusação, no dia 23 de agosto, Mano disse que não faria comentários, mas enfatizou que respeito mútuo é a base de qualquer relacionamento e a falta dele é prejudicial para a seleção.

"Quando ele [o respeito] não existe, eu não acho que devemos considerar algo positivo para o futebol brasileiro e para a seleção. Não gostaria de fazer nenhum tipo de comentário sobre isso", disse Mano, na apresentação dos jogadores, em um hotel do Rio de Janeiro.